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exceção – e nós passemos a
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                                                  Esse seria o posicionamento ideal de
                                                   uma polícia ostensiva (...) Para nós
                                                     fica sempre o duelo: repressão e
                                                         prevenção; imediatismo e
                                                      planejamento de longo prazo.
                                                   (Cássio Garcez, Inspetor da Polícia
                                                  Rodoviária Federal, em 03/04/2017)

                      A heterogeneidade  de  eventos e fenômenos encobertos sob o
               conceito  de  violência  acarreta  dificuldades  para  a  formulação  de  políticas
               públicas que são de ordem cognitiva, pois significa identificar fatores de risco
               distintos a cada situação. Ao formular programas e ações para a Segurança
               Pública, os agentes públicos são levados a buscar soluções para uma grande
               quantidade de problemas, como os crimes de homicídios, o tráfico de drogas,
               os roubos à mão armada, o crime organizado, a delinquência de menores, a
               violência sexual etc.

                      Os problemas são complexos e exigem um diagnóstico adequado.
               Por isso, a busca de alternativas e propostas sobre políticas públicas para o
               combate à criminalidade deve ser pensada, obrigatoriamente, em conjunto
               com os atores institucionais vinculados à área da segurança, pois são eles
               quem têm a experiência do cotidiano da Segurança Pública.
                      Na mesma perspectiva, criar possibilidades de relações inter-
               organizacionais  entre Polícia Militar, Polícia Civil, Defensoria Pública,
               Ministério  Público,  Poder  Judiciário,  Superintendência  de  Serviços
               Penitenciários, Ordem dos Advogados do Brasil, Instituto-Geral de Perícias e
               outros é igualmente  crucial para equacionar  os  problemas de Segurança
               Pública.
                      Por isso, a Comissão Especial de Segurança Pública pautou os
               trabalhos  desenvolvidos convidando para participar  todos  os  órgãos  e
               entidades que  compõem o  sistema de Segurança Pública, para, assim,
               debater as prementes necessidades de controle da criminalidade.

                      Destarte,  a  sétima  audiência  pública  da  Comissão  Especial  da
               Segurança Pública, realizada em 03 de abril de 2017, na sala João Neves da
               Fontoura  (Plenarinho) do  Palácio Farroupilha, ouviu  diversos atores  para

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