Page 59 - Relatorio de segurança_Assembleia_-
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(re)pensar o modelo de gestão de Segurança Pública no Estado do Rio
Grande do Sul: o escrivão da Polícia Civil Isaac Delivan Lopes Ortiz,
presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia
do Rio Grande do Sul (UGEIRM-SINDICATO); o delegado de Polícia Civil
Leonel Fagundes Carivali, subchefe de Polícia da Polícia Civil do Estado do
Rio Grande do Sul; a superintendente dos Serviços Penitenciários, Marli Ane
Stock; o promotor de justiça Luciano Vaccaro, representando o Ministério
Público do Estado; o inspetor Cássio Garcez, da Polícia Rodoviária Federal;
o perito criminal Paulo Frank, diretor do Departamento de Criminalística do
Instituto-Geral de Perícias; e o conselheiro penitenciário Nilton Ribeiro de
Caldas, representado o Conselho Penitenciário do Rio Grande do Sul.
O escrivão da Polícia Civil Isaac Delivan Lopes Ortiz abordou o
problema da custódia de presos em Delegacias de Polícia e as
consequências na Segurança Pública: superlotação de presos nas
Delegacias de Polícia; desvio de função dos agentes da Polícia Civil, que
passam a desenvolver atividade dos agentes penitenciários; e risco de fugas
de presos, devido à fragilidade da estrutura das carceragens das Delegacias
de Polícia, causando a diminuição do nível de segurança da coletividade.
O presidente da UGEIRM-SINDICATO alertou, também, para o
descontentamento dos servidores da Polícia Civil do Estado do Rio Grande
do Sul, seja pela questão do déficit salarial, seja pelas condições de trabalho,
consideradas por ele, insalubres.
Encerrando a apresentação, o escrivão da Polícia Civil destacou a
urgência na nomeação e contratação de mais servidores para a estrutura da
Polícia Civil – chamar os aprovados no último concurso público realizado e a
abertura de novo processo seletivo.
O subchefe da Polícia Civil realizou apresentação da estrutura
administrativa e operacional da Polícia Civil, ressaltando a preocupação no
baixo efetivo de agentes ativos da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do
Sul – mesmo com o acréscimo de novos policiais civis (217 já formados; 223
em curso; e 140 concursados chamados). Por isso, o delegado de Polícia
Carivali afirmou: “Nunca atingimos, depois de 1980, a marca de seis
mil policiais”; e, fazendo referência a um dado preocupante, aduziu: “Hoje
temos oitenta e sete órgãos policiais com um ou nenhum policial
lotado”.
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