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6.6 AUDIÊNCIA PÚBLICA REGIONAL NO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA
               (08 DE MAIO DE 2017)

                      Em 8 de maio de 2017, a Comissão Especial de Segurança Pública
               no Estado do Rio Grande do Sul realizou a última Audiência Pública Regional,
               na Cidade de Santa Maria.
                      Diversas autoridades apresentaram manifestação,  especialmente
               sobre a falta de efetivos de agentes da Segurança Pública, os problemas do
               sistema carcerário e os altos índices de crimes de tráfico de drogas.
                      Representando a presidência da Câmara e a Frente Parlamentar da
               Segurança Pública na Câmara de Vereadores de Santa Maria, o vereador
               João Ricardo Baptista Vargas criticou o envio de efetivo de Santa Maria para
               a Capital e o que chamou de desmonte da área de Segurança Pública no
               Estado.
                      O  delegado  da  Polícia  Federal  Getúlio  Jorge  de  Vargas,
               coordenador da Operação Sentinela, relatou questões do tráfico de drogas e
               do  tráfico de armas como problemas criminais que trazem inúmeras
               consequências para  as  cidades. Ainda,  enumerou a redução do efetivo
               policial como a principal questão da Segurança Pública – observando que,
               com a reforma previdenciária que estava se avizinhando,  muitos  colegas
               estavam apresentando pedidos de aposentadoria.
                      O comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva Central
               da Brigada Militar, tenente-coronel Ricardo Alex Hofmann, refletiu sobre as
               causas da criminalidade e da violência. Ricardo Alex Hofmann disse que a
               educação não vinha trabalhando questões éticas, que não havia estímulo aos
               esportes e que o modelo dos jovens acabava sendo o do bandido, não o da
               autoridade. Destacou que a impunidade, a reincidência, as fronteiras abertas,
               que não seguravam nada nem ninguém, eram questões que iam muito além
               da polícia. Considerou as polícias como o último anteparo para garantir a
               democracia.
                      Depois, Ricardo Alex Hofmann ressaltou que a falta de efetivo no
               Rio Grande do Sul, segundo ele, era muito ampla, mas em Santa Maria não
               é tão  grave  assim. Disse que havia um déficit  de  35%  no Batalhão de
               Operações Especiais e 40% no Primeiro Regimento  de  Polícia Montada,
               enquanto na região de Passo Fundo era de 65%. Disse que a ferramenta
               AVANTE estudava o  crime  nos  últimos  dez  anos,  mensalmente,
               estabelecendo metas, e que em Santa Maria  essa meta vinha  sendo
               alcançada, mesmo com a redução de investimentos. Citou números menores
               em todos os tipos de crimes do que em outras cidades, exceto quanto a


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