Page 99 - Relatorio de segurança_Assembleia_-
P. 99

órgão era o mesmo dos  demais: falta de efetivo e de viaturas. Citou as
               localidades  de  Toropi,  Dilermando  e  Quevedos,  com  população  reduzida,
               mas quilometragem para o interior muito grande, segundo ela. Com o fim da
               PATRIM, ressaltou que a criminalidade aumentou  em razão do número
               reduzido de Policiais Militares. Mencionou que São Pedro do Sul precisaria
               de um efetivo de 38 homens, mas que o número de servidores lotados era de
               16, porém apenas 09 em atividade. Por fim, disse que a manutenção das
               duas viaturas policiais disponíveis era feita pela comunidade.
                      Representante da Ordem dos Advogados do Brasil,  Leonardo
               Sagrillo Santiago disse que a sociedade  deve  estar  atenta para as
               consequências causadas pelo desespero e pelo discurso de medo gerado
               pela insegurança, pois muitas pessoas podem propor a redução de garantias
               e direitos que foram conquistados no século passado. A posição da Ordem
               dos Advogados do Brasil era a de o Estado realizar maiores investimentos na
               área  de segurança, mas nunca deixando  de  organizá-la  pautada na
               Constituição. Também apontou falta de atenção e investimento no sistema
               penitenciário, sendo de conhecimento de todos que quanto pior o sistema
               penitenciário, melhor era para o crime organizado.
                      Pablo Mesquita, da UGEIRM-SINDICATO,  disse que a  entidade
               vinha acompanhando todas  as reuniões  da Comissão Especial e estava
               atenta a todos os temas. Destacou que o problema da Segurança Pública tem
               origem há muito tempo. Depois, imputou a responsabilidade do aumento de
               violência ao Governo do Estado, pois deixou de investir na área.
                      Representando a Polícia Rodoviária Federal, o  inspetor Heder
               Macedo relatou trabalho árduo da instituição no Brasil e defendeu a educação
               como um pilar preventivo. Entre as dificuldades, disse que o biênio anterior
               teve  menos  de  46  policiais  trabalhando  na  delegacia  para  atender  13
               municípios e mais de 600 quilômetros de rodovias, com uma média de seis
               policiais por dia. Ainda, referiu a média de idade do Polícia Rodoviário Federal
               ser de 44 anos, enquanto a média de idade dos criminosos é de 24 anos. Na
               malha rodoviária abrangida, apresentou os seguintes dados: 470 acidentes
               com feridos, 35 acidentes com mortos, 136 acidentes graves, 738 pessoas
               feridas, 39 pessoas mortas, 19 armas de fogo retiradas de circulação, 223
               pessoas detidos, 57 pessoas detidas por crimes diversos, 96 por crimes de
               trânsito, 09 veículos recuperados, 208 munições retiradas de circulação, 34
               quilos de  crack e aproximadamente 300  quilos de maconha retirados de
               circulação.
                      Representando o AMAPERGS-SINDICATO,  Rogério  de  Oliveira
               Mangini referiu a luta em  Brasília contra  mudança no artigo  40, da

                                                                           99
   94   95   96   97   98   99   100   101   102   103   104