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Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE /CBPR
CAPÍTULO 13
TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO (TCE)
E TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (TRM)
Traumatismo Cranioencefálico – TCE
TCE é o principal motivo de morte na população jovem, cujas causas mais freqüen-
tes compreendem acidentes automobilísticos e agressões interpessoais. Estima-se que
ocorra um TCE a cada 15 segundos e que um paciente morra devido ao TCE a cada doze
minutos.
Aproximadamente 50% das mortes de causa traumática estão associadas a TCE e
mais de 60% de mortes por acidente automobilístico se devem ao TCE.
1. Avaliação de Trauma Cranioencefállco
Cinemática – é possível relacionar o mecanismo de trauma com determinados ti-
pos de TCE.
Esta informação ajuda no diagnóstico e na terapia corretos.
As informações sobre a cena do acidente e o mecanismo de trauma devem ser
passadas ao médico da sala de emergências.
1.1. Avaliação Inicial – muitos fatores influenciam na avaliação neurológica
inicial; por isso, a avaliação cardiopulmonar deve acompanhar o exame neurológico. O
controle e a manipulação das vias aéreas, respiração e circulação são prioritários.
O uso de álcool ou drogas que deprimam o sistema nervoso ou ainda fatores tó-
xicos podem influenciar na avaliação inicial do paciente.
1.2. Avaliação dos Sinais Vitais – o TCE pode alterar os dados vitais, sendo
muitas vezes difícil saber se essas alterações se devem ao TCE ou a outros fatores.
Nunca atribuir a hipotensão ao TCE, embora, eventualmente, laceração de es-
calpo leve ao choque hipovolêmico, principalmente em crianças. O sangramento intra-
craniano não produz choque.
Hipertensão, bradicardia e diminuição da freqüência respiratória (tríade
cushing) são uma resposta específica ao aumento agudo e potencialmente fatal à hi-
pertensão intracraniana, indicando necessidade de intervenção imediata.
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