Page 165 - Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE _CBPR
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Traumatismo Cranioencefálico (TCE) e Traumatismo Raquimedular (TRM)
A compressão cerebral lenta pela expansão do hematoma causará sinto-
mas dentro de poucas horas ou dias, como cefaléia, irritabilidade, vômitos, alte-
ração do nível de consciência, anisocoria e alterações sensitivas e motoras.
● Hemorragia subaracnóide – Esse tipo de hemorragia leva a um quadro
de irritação meníngea, e o paciente queixa-se de cefaléia e/ou fotofobia; trata-
mento clínico.
- Hemorragias e lacerações cerebrais
● Hematomas intracerebrais – As hemorragias intraparenquimatosas po-
dem ter qualquer localização; o déficit neurológico depende da área afetada e
do tamanho da hemorragia. As hemorragias intraventricular e cerebral estão as-
sociadas a altas taxas de mortalidade.
● Ferimentos penetrantes – Todo corpo intracraniano estranho só deve
ser retirado em centro cirúrgico. Fixá-Io se for o caso, para que ele não produza
lesões secundárias no transporte.
● Ferimento por arma de fogo – Quanto maior o calibre e a velocidade do
projétil, maior a probalidade de lesões graves e até letais. Cobrir a entrada e
saída do projétil com compressa esterilizada até o tratamento neurocirúrgico ser
providenciado.
2.4. Ferimento de Couro Cabeludo
Apesar da aparência dramática, o escalpe geralmente causa poucas complica-
ções. A localização e o tipo de lesão nos dão a noção de força e direção da energia
transmitida.
Perda sangüínea – o sangramento por lesão de couro cabeludo pode ser ex-
tenso e, especialmente em crianças, levar ao choque hipovolêmico; em adultos, sem-
pre procurar outra causa para o choque.
Localizar a lesão e parar o sangramento por compressão; a grande maioria dos
sangramentos é controlada com aplicação de curativo compressivo.
Inspeção da lesão – avaliar a lesão para detectar fratura de crânio, presença
de material estranho abaixo da lesão de couro cabeludo e perda de líquor.
3. Avaliação de Emergência
No atendimento a vítimas de TCE, permanecem válidas todas as recomendações
da abordagem primária, com ênfase especial para a proteção da coluna cervical, pela
possibilidade de lesão cervical associada, e para a vigilância da respiração, que pode ficar
irregular e deficitária, pela compressão de centros vitais. Se houver parada respiratória,
iniciar imediatamente manobras de RCR.
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