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Quando um enfermo debilitado se acha dentro do campo de ação de um indivíduo sadio, alegre, forte
            e robusto, uma comunicação, uma corrente se transmite do forte para o fraco. Essa relação
            estabelece a harmonia de força, o equilíbrio que constitui a saúde, a qual, desde aquele momento,
            tende a estabelecer-se sem que a vontade de ambos intervenha na operação.

            Eis aqui porque, nas relações da vida, o fraco busca instintivamente a proteção do forte, a criança
            salta e se alegra nos braços da mãe ou da ama, e até o enfermo, acabrunhado pelo sofrimento,
            experimenta alívio, tranqüilidade e bem-estar, quando o visita um amigo leal.

            Este é o magnetismo inconsciente, de que não nos ocupamos mais, por não corresponder ao nosso
            trabalho.

            Antes de tratarmos das três classes em que dividimos o Magnetismo Pessoal, convém termos
            presente, para melhor compreensão, que há duas classes de vontade: a latente ou ordinária e a ativa
            ou magnética.

            Há igualmente, duas classes de mentalidade: a consciente, que é a que percebe através dos sentidos
            externos, e a subconsciente, que provém do éter universal.

            Passamos a demonstrar as nossas afirmações.

            Magnetismo físico. — Quando a energia física se põe em ação sem magnetismo, apresenta-se na
            forma usual de um trabalho comum.

            A mulher procede assim em quase todos os seus afazeres domésticos e o homem executa também
            grande parte do seu trabalho sem o concurso do magnetismo, pois, para que êle se desenvolva, é
            condição necessária que a mente tome parte no trabalho; não raro sucede que a mente se torna
            secundária em relação aos músculos que desempenham o papel principal. Os nervos guiam a ação,
            isto é evidente, mas bem depressa educam os músculos que se habituam a realizar um determinado
            trabalho automaticamente, intervindo no ato só a vontade latente, que se apodera de nossas
            faculdades e as ocupa a maior parte do tempo, executando muitas coisas de que não nos inteiramos.

            Os nossos hábitos costumeiros constituem as manifestações familiares da vontade latente.

            Muitas pessoas cantam, assobiam, tamborilam com os dedos e executam outras ações sem dar-se
            conta disso, inconscientemente. Começaram por um exercício da vontade ativa, prosseguiram e, por
            fim, acostumados os músculos, repetem a ação mecanicamente.

            Observe-se o leitor cuidadosamente e desde logo se convencerá da diferença que existe entre a
            vontade ativa e a latente.

            Em todas as conversações aparece este hábito destruidor e pernicioso.

            Os pensamentos vêm à mente, as palavras à língua, juntam-se e são expressas, de modo que
            dizemos muitas tolices e muitas coisas que nos conviria mesmo dizer de outra maneira ou calar.

            O poder sem participação da vontade ativa e deixando que só atue a latente, pode ser válido e ficar
            bem nos atos comuns da vida, tais como o comer, beber, vestir, andar, etc, mas se desejamos obter
            um domínio efetivo sobre as outras pessoas, devemos educar a nossa vontade para que sempre
            esteja ativa, ante a presença de outros.
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