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O diafragma é a primeira parte do corpo que recebe a sensação, que a recolhe e a envia às partes
            por onde haja de exteriorizar-se, principalmente à voz.

            É possível enriquecer artificialmente a voz elevando-a a um alto grau de beleza fônica e emocional,
            que bem depressa, com a prática, se converte em natural pelo hábito.

            Um bom meio para esta aquisição é ler uma linha em tons trêmulos, muito suaves, até que os
            nervos, com as, suas vibrações, tragam lágrimas aos olhos. O trêmulo deve produzir-se até que o
            ouvido possa apenas percebê-lo, e a transformação da voz há de fazer-se lenta e gradualmente para
            que ninguém possa suspeitar a mudança.

            Como se vê, isto é artificial, mas convém adotar essa maneira de falar e aplicá-la em todas as
            ocasiões, esforçando-se para que o sistema nervoso vibre em uníssono com o nosso propósito.

            Sem que exista um grande interesse no que se faz ou se diz, não se pode aspirar ao êxito completo,
            que exige também seriedade.

            As asserções mentais,-quando acompanhadas da energia da vontade, chegam a criar uma verdadeira
            realidade, e esta é a seriedade a que nos referimos.

            Por asserção entendemos a formulação ou expressão de uma idéia em linguagem adequada, com
            frases curtas, se possível.

            "O que eu desejo que se faça, faço-o mentalmente, uma e outra vez, com toda a energia, ardor e
            determinação de que sou capaz", disse alguém que raras vezes falha.

            A conquista do magnetismo nas suas múltiplas aplicações exige que se tenham sempre presentes
            algumas particularidades.

            Assim, convém — e é um bom costume — colocar-se sentado, ou de pé com as costas para a luz.

            Não devemos .abrir a boca, senão quando tenhamos de tratar de um assunto bem definido.

            Nunca devemos falar sem que a vontade ativa anime as nossas palavras.

            Nunca devemos tocar ninguém, a não ser que se tenha um pensamento pertinente à ocasião,
            aplicável a êle e que exija esse contato, tendo o cuidado de dirigir o pensamento e associá-lo com o
            toque.

            Não se fitem as pessoas nos olhos senão quando se lhes fale em voz alta ou mentalmente. Não se
            deve empregar um olhar sem afirmação mental.

            Mantenha-se a boca cerrada e os dentes tocando-se. Nunca se façam frases vazias de sentido.

            Cumpre que tenhamos sempre um objetivo, uma finalidade, um propósito em tudo quanto dizemos,
            dirigindo a vontade para reforçarmos bem as palavras e lhes darmos maior valor.

            Usem estas regras imediatamente e sempre, sem esquecer de que as afirmações mentais devem
            praticar-se até que, pela força de repetição, se tornem um hábito. Quando essas afirmações são
            auxiliadas pelo magnetismo, chegam à mente subconsciente da pessoa a quem se dirigem e forçam-
            na à obediência.
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