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Exercícios. — O exercício auxilia poderosamente a aquisição do magnetismo pessoal, entendendo-se
por exercício não os movimentos ordinários do corpo, que executamos com freqüência diariamente,
mas sim os que descrevemos minuciosamente e que foram graduados e especialmente calculados
para excitarem e estimularem o crescimento da fonte de onde dimana a corrente que domina a vida
humana, corrente irresistível e que comumente se conhece com o nome de Magnetismo Pessoal.
O homem é o que são os seus nervos. O fato de estarem todos os nossos órgãos ramificados e
ligados com vários centros nervosos prova-o evidentemente.
Repetidíssimas experiências têm demonstrado também até à saciedade que a sensação é impossível
onde o nervoso estiver destruído. Se o nervo ótico for cortado, a visão cessa. A construção do olho
poderá permanecer perfeita, mas a vista perdeu-se.
Que a mobilidade depende principalmente dos nervos também pode provar-se facilmente e enfim,
não resta a menor dúvida de que dependemos dos nossos nervos.
A importância desta verdade deve ser lembrada porque nos dá a chave de todas as situações da vida.
Urri sistema nervoso forte e bem desenvolvido indica sempre vitalidade robusta, é o apanágio da
mente bem equilibrada, vigorosa constituição de uma personalidade bem dotada para arrostar as
batalhas da vida e delas sair vitoriosa.
A imensa maioria das pessoas alcança pouco ou nenhum êxito na vida, o que é, em grande parte,
devido a serem tais pessoas deficientes em força n'ervosa.
Aumentando a força do sistema nervoso, elevando-a, com o uso adequado, a um grau de potência
cada vez maior, nos acharemos mais perto do êxito.
O objetivo dos seguintes exercícios é aumentar a energia dos nervos a tal grau que seja quase
impossível falhar. É uma verdadeira ginástica nêurica, de resultados infalíveis, se se praticar com
regularidade e constância.
Exercício 1.° — É um índice do seu estado atual e o primeiro passo para uma rápida melhoria.
Tome uma folha de papel de tamanho comum, nem muito grossa, nem muito fina, e segure-a
colocando o polegar e os dedos da mão direita no canto inferior do lado do papel, adiantando a mão
a uns trinta e três centímetros de distância do peito, com o cotovelo separado do corpo; todo o
braço há de ficar livre, não deve tocar em nada nem ter nenhum meio de apoio.
Em tal posição, coloque-se em frente de um espelho, no qual, previamente e na altura conveniente,
terá marcado à tinta um ligeiro pontinho.
O exercício consiste em colocar-se de modo que o vértice do ângulo superior do papel, do lado
oposto à mão, coincida com a pupila de um dos olhos e com o pontinho marcado no espelho. A
experiência deve durar uns doze segundos. Parece fácil, mas não o é senão para os que têm um
perfeito domínio sobre o seu sistema nervoso.
Procure o estudioso fazê-lo,' mas haja cuidado de não separar-se da coincidência do ponto marcado,
com a pupila, nem sequer a espessura de um fio de cabelo. Provavelmente pare-cer-lhe-á um
trabalho difícil para os nervos e, em cada prova que intente, se tornará mais nervoso, ao princípio;
mas • com perseverança alcançará completamente o fim proposto.
Essa aparente nervosidade consiste na rebelião, escape, derramamento ou irradiação da força vital,
que resiste, quando se tenta dominá-la.