Page 150 - A Magia da Excelencia - Rodrigo Maruxo
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Em complemento ao Modelo Disney de Criatividade e Inovação
                que te mostrei há pouco neste capítulo e que te ajudará a construir
                uma  cultura  de  inovação  estruturada  junto  a seus  times, queria  te

                contar uma outra técnica com aplicação mais individual e que pode
                te ajudar a criar soluções inovadoras na sua vida pessoal.
                     Com o tempo, Walt Disney acabou desenvolvendo um jeito todo
                seu  de  conduzir  o  desenvolvimento  de  suas  ideias  para  atingir
                plenamente  seus  objetivos  de  inovação.  Para  tanto,  ele  criou  um
                processo  de  três  estágios  pelos  quais  sua  ideia  obrigatoriamente

                passava.  Apesar  de  ainda  não  existir  a  PNL              [62]   (que  só  nasceria
                mais tarde na década de 70), anos antes Disney já aplicava técnicas
                similares  ao  que  se  pratica  habitualmente  na  Programação
                Neurolinguística.  Incrível,  né?  Na  prática,  como  ele  fazia:  Walt
                adotava um comportamento diferente em cada estágio pelo qual a
                ideia  nascente  estava  passando  e,  para  fortalecer  a  mudança

                comportamental,  em  cada  estágio  ele  ia  trabalhar  em  uma  sala
                diferente,  decorada  de  forma  intencional  para  cada  momento,
                fazendo com que literalmente “virasse uma chave em seu cérebro”,
                ajustando  automaticamente  seu  estado  emocional  ao  novo
                comportamento  esperado  para  aquela  etapa  do  processo  de
                ideação (esta técnica é hoje conhecida como ancoragem                       [63] ).

                     Os  três  estágios  são  chamados  de  “Sonhador”,  “Realizador”  e
                “Crítico”. Vamos a eles:


                                 No estágio do Sonhador, tudo é possível.

                            Disney  viajava  na  maionese,  deixava  a  mente  livre  para
                            criar o que desse na telha. É o estado mais puro da criança
                            interior:  tudo  posso  e não existe  aqui  neste  momento  um

                            “não dá pra fazer” sequer, que é coisa de adulto. Para criar
                            neste  estágio,  Disney  entrava  em  uma  sala  decorada  de
                            forma  divertida  e  ficava  lá  pensando  livremente,  fazendo
                            um  brainstorming  individual  e  escrevendo  em  um  papel
                            suas ideias mais malucas e criativas.
                                 Então,  ele  pegava  tudo  que  construiu  e  ia  para  o
                            estágio Realizador. Em outra sala, mais parecida com um
                            ambiente  de  trabalho  confortável,  ele  criava  então  um

                            plano de ação para cada ideia que teve antes. Agora seu
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