Page 70 - A Magia da Excelencia - Rodrigo Maruxo
P. 70
Mas quando falamos de concorrência, vai por mim: não
transforme seus concorrentes em inimigos. Sei que às vezes temos
sentimentos não tão bons sobre o outro, ainda mais quando o
concorrente nos dá todas as justificativas plausíveis para sentirmos
isso, agindo de forma conflitante com nossas crenças ou valores.
Cuidado, no entanto, com o ódio, pois ele nos cega, desequilibra e
atrapalha as decisões, criando uma obsessão que tira o nosso foco
pro que realmente importa. Usando a forma do Walt de pensar,
sugiro que pegue esta energia e, na medida de suas possibilidades,
atue de forma racional, transformando-a em um combustível para
realizações pro bem, fazendo exatamente o contrário daquilo que te
incomoda tanto no outro. Agradeça intimamente a ajudinha dele,
pois ao fazer as coisas que faz e do jeito que faz, seu concorrente
sem saber te convida sempre a ser alguém melhor, buscando
soluções muitas vezes fora da sua zona de conforto. Use o
sentimento de justiça com sabedoria e as coisas se acertarão
sempre.
Nesse tabuleiro do jogo da vida, haverá momentos em que
venceremos. Mas poderá haver outros tantos em que perderemos e,
claro, ficaremos frustrados com isso. Quando perder, não gaste seu
precioso tempo caçando culpados, terceirizando responsabilidades.
“Reconhece a queda e não desanima. Levanta, sacode a poeira e
dá a volta por cima”, escreveu com sabedoria o Paulo Vanzolini.
Aprenda, com as escolhas que fez, como fazer escolhas melhores
daí por diante e “continue a nadar” como nos ensina a coach
aquática Dory[23].
Ah! E, quando vencer, não sinta felicidade pela derrota do
outro... acredite: isso não vai te fazer bem a longo prazo. Foca
exclusivamente em seu processo, na sua vitória e esquece a derrota
alheia. Sinta alegria por ter feito o seu melhor, pela conquista
baseada em seu esforço sincero e honesto de se superar. No fim
das contas, acabaremos por aprender que a maior vitória na vida
será sempre aquela sobre nós mesmos e não sobre os outros. É
tudo entre a gente com a gente mesmo, afinal...
EXTREMAMENTE INCRÍVEL