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— Katherine, eu tenho certeza de que a localização está correta.
                 — Não! — gritou ela. — Nós não precisamos mais ir para lá. Eu entendi a pirâmide e o cume!
          Sei o que isso tudo quer dizer!
                 Langdon estava pasmo.
                 — Você entendeu?
                 — Entendi! Nós temos que ir é para a Freedom Plaza!
                 Agora Langdon não estava entendendo mais nada. A Freedom Plaza, embora ficasse ali perto,
          parecia totalmente irrelevante.
                 —  Jeova  Sanctus  Unus!  —  disse  Katherine.  —  O  Único  Deus  Verdadeiro  dos  hebreus,  cujo
          símbolo sagrado é a estrela judaica, ou Selo de Salomão, muito importante para os maçons! — Ela
          fisgou uma nota de um dólar do bolso. — Me dê aqui sua caneta.
                 Perplexo, Langdon sacou uma caneta do paletó.
                 — Veja bem. — Ela estendeu a nota sobre a coxa e pegou a caneta dele, apontando para o
          Grande Selo no verso. — Se sobrepusermos o Selo de Salomão e o Grande Selo dos Estados Unidos...
          — Ela desenhou uma estrela judaica bem em cima da pirâmide. — Olhe só o que aparece!
                 Langdon  baixou  os  olhos  para a  nota  e tornou a  olhar  para  Katherine como  se  ela  estivesse
          louca.
                 —  Robert,  olhe  com  mais  atenção!  Não  está  vendo  o  que  eu  estou  apontando?  Ele  olhou
          novamente para o desenho.


          DESENHO DO SELO NA NOTA DE UM DÓLAR

                 Aonde  ela  está  querendo  chegar  com  isso?  Langdon  já  vira  aquela  imagem  antes.  Ela  era
          popular  entre  os  partidários  de teorias  da  conspiração, que  viam  ali  uma “prova”  de que  os maçons
          tiveram uma influência secreta sobre a nação durante os seus primórdios. Quando a estrela de seis
          pontas era colocada exatamente sobre o Grande Selo dos Estados Unidos, o vértice superior dela se
          encaixava  perfeitamente  em  cima  do  olho  maçônico  que  tudo  vê...  e  de  modo  um  tanto  sinistro  os
          outros cinco vértices apontavam claramente para as letras M-A-S-O-N, formando a palavra “maçom” em
          inglês.
                 — Katherine, isso é só uma coincidência, e ainda não entendo como a Freedom Plaza entra
          nessa história.
                 — Olhe de novo! — disse ela, quase zangada àquela altura. — Você não está olhando para
          onde eu estou apontando! Bem aqui. Não está vendo?
                 No instante seguinte, Langdon viu.
                 O líder da equipe de campo da CIA, Turner Simkins, estava parado em frente ao Adams Building
          com o celular bem apertado junto à orelha, esforçando-se para ouvir a conversa no banco traseiro do
          táxi.  Alguma  coisa  acabou  de  acontecer.  Sua  equipe  estava  prestes  a  embarcar  no  helicóptero
          modificado  Sikorsky  UH-60  para  tomar  a  direção  noroeste  e  bloquear  a  rua,  mas  agora  a  situação
          parecia ter mudado subitamente.
                 Segundos  antes,  Katherine  Solomon  tinha  começado  a  insistir  que  eles  estavam  indo  para  o
          lugar errado. A explicação dela — algo relacionado à nota de um dólar e a estrelas judaicas — não fez
          sentido para o líder da equipe e tampouco, ao que parecia, para Robert Langdon. Pelo menos no início.
          O simbologista, no entanto, já parecia ter entendido o que ela queria dizer.
                 — Meu Deus, tem razão! — exclamou ele. — Eu não tinha visto isso!
                 De repente, Simkins ouviu alguém batendo na divisória do motorista, que se abriu.
                 — Mudança de planos — gritou Katherine para o motorista. — Leve-nos para a Freedom Plaza!
                 —  Freedom  Plaza?  —  disse  o  taxista,  nervoso.  —  Não  vamos  mais  para  noroeste  pela
          Massachusetts?
                 — Esqueça isso! — gritou Katherine. — Vamos para a Freedom Plaza! Dobre à esquerda aqui!
          Aqui! AQUI!
                 O  agente  Simkins  ouviu  o  táxi  fazer  uma  curva  cantando  pneu.  Katherine  estava  novamente
          falando com Langdon, animada, dizendo alguma coisa sobre o famoso Grande Selo gravado em bronze
          no chão da praça.
                 —  Senhora,  só  para  confirmar  —  interveio  a  voz  do  taxista,  tensa.  —  Estamos  indo  para  a
          Freedom Plaza... na esquina da Pennsylvania com a 13?
                 — Isso! — disse Katherine. — Rápido!
                 — Fica bem perto. Dois minutos.
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