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Um grupo de homens vestidos de preto desembarcou. A maioria saiu  correndo em direção à
          estação  de  metrô,  mas  um  deles  partiu  direto  para  o  táxi  de  Omar,  abrindo  a  porta  do  carona  com
          violência.
                 — Omar? É você?
                 O taxista aquiesceu, incapaz de falar.
                 — Eles disseram para onde estavam indo? — perguntou o agente.
                 — Para Alexandria! Estação de King Street — respondeu prontamente. — Eu me ofereci para
          levá-los, mas...
                 — Eles disseram para onde em Alexandria estavam indo?
                 —  Não!  Ficaram  olhando  o  medalhão  do  Grande  Selo  na  praça,  depois  perguntaram  sobre
          Alexandria e me pagaram com isto aqui. — Ele entregou ao agente a nota de um dólar com o bizarro
          diagrama  desenhado.  Enquanto  o  agente  analisava  a  cédula,  Omar  de  repente  juntou  as  peças. Os
          maçons!  Alexandria!  Uma  das  mais  famosas  construções  maçônicas  dos  Estados  Unidos  ficava  em
          Alexandria. — É isso! — disparou ele. — O Monumento Maçônico a George Washington! Ele fica bem
          em frente à estação de King Street!
                 — É isso — disse o agente, que aparentemente havia chegado à mesma conclusão, enquanto o
          resto da equipe saía correndo da estação.
                 — Eles escaparam! — berrou um dos homens. — O trem da linha azul acabou de sair! Eles não
          estão lá embaixo!
                 O agente Simkins verificou o relógio e tornou a se virar para Omar.
                 — Quanto tempo o metrô leva até Alexandria?
                 — Uns 10 minutos, pelo menos. Provavelmente mais.
                 — Omar, você fez um excelente trabalho. Obrigado.
                 — Não há de quê. Só queria saber por que toda essa perseguição.
                 Mas o agente Simkins já estava correndo de volta para o helicóptero, aos gritos.
                 — Estação de King Street! Vamos chegar lá antes deles!
                 Atônito,  Omar  ficou  olhando  o  grande  helicóptero  preto  levantar  voo.  O  aparelho  se  inclinou
          abruptamente  na  direção  sul,  sobrevoou  a  Pennsylvania  Avenue  e,  em  seguida,  partiu  rugindo  noite
          adentro.
                 Sob os pés do taxista, o trem do metrô ganhava velocidade ao se afastar da Freedom Plaza.
          Sentados  a  bordo,  Robert  Langdon  e  Katherine  Solomon,  ofegantes,  não  trocaram  uma  só  palavra
          enquanto o trem os conduzia rumo ao seu destino.



          CAPÍTULO 77

                 A lembrança sempre começava do mesmo jeito.
                 Ele estava caindo da ribanceira... despencando de costas em direção a um rio coberto de gelo.
          Acima dele, os impiedosos olhos cinzentos de Peter Solomon olhavam para baixo por sobre o cano da
          pistola. Enquanto Andros caía, o mundo lá em cima ia ficando menor, até que tudo desapareceu quando
          ele foi engolido pela bruma que se erguia da queda d’água rio acima.
                 Por um instante tudo ficou branco, como o paraíso.
                 Então ele se chocou com o gelo.
                 Frio. Escuridão. Dor.
                 Estava no meio de um turbilhão... sendo arrastado por uma força poderosa que o golpeava sem
          dó contra as pedras em meio a um vazio inimaginavelmente gélido. Seus pulmões ansiavam por ar,
          mas  o  frio  fizera  os  músculos  de  seu  peito  se  contraírem  de  forma  tão  violenta  que  ele  sequer
          conseguia inspirar.
                 Estou debaixo do gelo.
                 Aparentemente, o gelo perto da cascata era fino por causa da turbulência da água e Andros o
          atravessara  ao  cair.  Agora,  estava  sendo  levado  correnteza  abaixo,  encurralado  sob  um  teto
          transparente. Arranhou a superfície inferior da parede de gelo para tentar se libertar, mas ela era lisa
          demais. A dor lancinante do buraco de bala em seu ombro estava evaporando, assim como a ardência
          provocada pelo chumbinho. Só restava o latejar insuportável de seu corpo ficando dormente.
                 A correnteza, cada vez mais veloz, projetava-o em disparada por uma curva no rio. Seu corpo
          clamava  por  oxigênio.  De  repente,  se  viu  emaranhado  em  galhos,  preso  em  uma  árvore  que  caíra
          dentro d’água. Pense! Tateou freneticamente o galho para subir em direção à superfície e encontrou o
          ponto onde este havia penetrado o gelo. As pontas de seus dedos encontraram o diminuto espaço de
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