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— Qual é a senha? — perguntou Simkins, tomando notas.
                 Bellamy  se  sentou,  parecendo  fraco  demais  para  ficar  em  pé.  Batendo  os  dentes,  recitou  o
          número, acrescentando em seguida:
                 —  O  endereço  é  Rua  16,  1.733,  mas  é  melhor  usarem  o  acesso  à  garagem  e  ao
          estacionamento, nos fundos do prédio. É meio escondido, mas...
                 — Sei exatamente onde fica — disse Langdon. — Quando chegarmos lá, eu mostro.
                 Simkins balançou a cabeça.
                 — O senhor não vai com a gente, professor. Esta é uma operação...
                 —  Não  vou  uma  ova!  —  disparou  Langdon.  —  Peter  está  lá  dentro!  E  aquele  prédio  é  um
          labirinto! Sem alguém para servir de guia, vocês vão levar 10 minutos só para encontrar o caminho até
          a Sala do Templo!
                 — Ele tem razão — disse Bellamy. — Aquilo lá é um labirinto. Até existe um elevador, mas ele é
          velho, barulhento e dá de cara para a Sala do Templo. Se quiserem entrar discretamente, terão que
          subir a pé.
                 — Vocês nunca vão se achar lá dentro — alertou Langdon. — Se entrarem pelos fundos, terão
          que passar pelo Salão das Vestimentas, pelo Salão de Honra, pelo patamar intermediário, pelo Átrio,
          pela Grande Escad...
                 — Chega — disse Sato. — Langdon vem conosco.




          CAPÍTULO 116


                 A energia estava aumentando.
                 Mal’akh  podia  senti-la  pulsar  dentro  de  si,  subindo  e  descendo  por  seu  corpo  enquanto
          empurrava Peter Solomon em direção ao altar. Vou sair deste prédio infinitamente mais poderoso do
          que entrei. Tudo o que restava era localizar o último ingrediente.
                 — Verbum significatium — sussurrou para si mesmo. — Verbum omnificum.
                 Mal’akh parou a cadeira de rodas junto ao altar, contornando-a em seguida e abrindo o zíper da
          pesada  bolsa  de  viagem  no  colo  de  Peter.  Pôs  a  mão  lá  dentro  e  retirou  a  pirâmide  de  pedra,
          suspendendo-a sob o luar bem diante dos olhos do outro, mostrando-lhe a grade de símbolos gravada
          na base.
                 Durante todos  esses  anos  —  provocou  ele  —, você  nunca  soube  como  a  pirâmide guardava
          seus segredos. — Mal’akh pousou o artefato no canto do altar e tornou a andar até a bolsa. — E este
          talismã  aqui  —  continuou,  apanhando  o  cume  de  ouro  —  de  fato  gerou  ordem  a  partir  do  caos,
          conforme o prometido. — Com cuidado, posicionou o cume de metal em cima da pirâmide de pedra,
          depois recuou para que Peter pudesse ver. — Olhe: seu symbolon está completo.
                 O rosto de Peter se contorceu, enquanto tentava em vão dizer alguma coisa.
                 —  Muito  bem.  Estou  vendo  que  você  quer  me  contar  alguma  coisa.  —  Mal’akh  arrancou  a
          mordaça com violência.
                 Peter  Solomon  passou vários  segundos  tossindo  e  arquejando  antes  de finalmente  conseguir
          falar.
                 — Katherine...
                 — O tempo de Katherine é curto. Se quiser salvar sua irmã, sugiro que faça exatamente o que
          eu disser. — Mal’akh desconfiava que ela provavelmente já estava morta ou, então, muito perto disso.
          Não fazia diferença. Katherine tinha sorte de ter vivido o suficiente para dizer adeus ao irmão.
                 — Por favor — implorou Peter, com a voz entrecortada. — Mande uma ambulância para ela...
                 —  É  exatamente  isso  que  vou  fazer.  Mas  primeiro  você  precisa  me  dizer  como  chegar  à
          escadaria secreta.
                 A expressão de Peter passou a ser de incredulidade.
                 — O quê?
                 — A escadaria. A lenda maçônica fala de uma escada que desce dezenas de metros até um
          lugar secreto onde a Palavra Perdida está enterrada.
                 Peter agora parecia em pânico.
                 — Você conhece a lenda — incitou Mal’akh. — Uma escadaria secreta escondida debaixo de
          uma pedra. — Ele apontou para o altar central, um imenso bloco de mármore com uma inscrição em
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