Page 224 - dan brown - o símbolo perdido_revisado_
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Agora, Langdon se segurava com todas as forças enquanto o helicóptero militar finalmente se
          aprumava e seguia em disparada rumo à Casa do Templo.
                 Sentada ao seu lado, Sato dava ordens ao piloto.
                 — Vá para Dupont Circle! — berrou ela acima do barulho ensurdecedor. — Vamos pousar lá!
                 Espantado, Langdon se virou para ela.
                 —  Dupont  Circle?  Mas  isso  fica  a  quarteirões  da  Casa  do  Templo!  Nós  podemos  pousar  no
          estacionamento do prédio!
                 Sato fez que não com a cabeça.
                 — Precisamos entrar lá discretamente. Se nosso alvo nos ouvir chegando...
                 —  Não  temos  tempo  para  isso!  —  argumentou  Langdon.  —  Esse  maluco  está  prestes  a
          assassinar Peter! O barulho do helicóptero pode assustá-lo e fazê-lo parar!
                 Sato o encarava com olhos frios como gelo.
                 — Como já disse ao senhor, a segurança de Peter Solomon não é minha prioridade. Acho que
          deixei isso bem claro.
                 Langdon não estava a fim de ouvir mais um sermão sobre segurança nacional.
                 — Olhe aqui, eu sou a única pessoa a bordo que sabe se movimentar dentro daquele prédio...
                 —  Cuidado,  professor  —  avisou  a  diretora.  —  O  senhor  está  aqui  como  membro  da  minha
          equipe,  e  exijo  sua  total  cooperação.  —  Ela  se  deteve  por  alguns  segundos  antes  de  arrematar:  —
          Talvez seja uma boa ideia eu lhe explicar de uma vez a gravidade da crise que estamos vivendo esta
          noite.
                 Sato esticou a mão, pegou uma lustrosa maleta de titânio debaixo do banco e a abriu, revelando
          um computador de aspecto particularmente complexo. Quando o ligou, a logo da CIA se materializou
          junto com uma janela de login.
                 Enquanto entrava no sistema, ela perguntou:
                 — Professor, o senhor se lembra da peruca loura que encontramos na casa desse homem?
                 —Sim.
                 — Bem, camuflada dentro da peruca havia uma minúscula câmera de fibra ótica... escondida no
          meio da franja.
                 — Uma câmera escondida? Não estou entendendo.
                 Sato tinha o semblante fechado.
                 — Mas vai entender. — Ela abriu um arquivo no laptop.

                 UM INSTANTE...
                 DECODIFICANDO ARQUIVO...

                 Uma janela de vídeo apareceu, ocupando a tela inteira. Sato ergueu a maleta e a pôs no colo de
          Langdon, proporcionando-lhe uma visão privilegiada.
                 Uma imagem inusitada se materializou na tela.
                 Langdon se retraiu, surpreso. Meu Deus, o que é isso?
                 Nebuloso e escuro, o vídeo mostrava um homem vendado. Ele usava as roupas de um herege
          medieval  sendo  conduzido  à  forca  —  uma  corda  em  volta  do  pescoço,  a  perna  esquerda  da  calça
          arregaçada até o joelho, a manga direita enrolada até o cotovelo e a camisa aberta para exibir o peito
          nu.  Langdon  encarou  aquilo,  incrédulo.  Já  tinha  lido  o  suficiente  sobre  rituais  maçônicos  para
          reconhecer exatamente o que via.
                 Um iniciado maçom... preparando-se para ingressar no grau 1.
                 O  homem  era  muito  alto  e  musculoso,  com  a familiar  peruca  loura  e  a  pele  bem  bronzeada.
          Langdon  reconheceu  no  mesmo  instante  os  traços  do  rosto.  As  tatuagens  obviamente  haviam  sido
          disfarçadas  com  uma  maquiagem  bronzeadora.  Ele  estava  em  pé  diante  de  um  espelho  de  corpo
          inteiro, filmando o próprio reflexo por meio da câmera escondida na peruca.
                 Mas... por quê?
                 A tela ficou preta.
                 Então surgiu outra imagem. Um recinto pequeno, mal iluminado e retangular. Um vistoso piso de
          ladrilhos quadriculado em preto e branco. Um altar de madeira baixo, ladeado por três colunas, acima
          das quais ardiam velas tremeluzentes.
                 Langdon sentiu uma apreensão repentina.
                 Ai, meu Deus.
                 Sacolejando como em um vídeo caseiro amador, a câmera girou até o fundo da sala para revelar
          um  grupo  de  homens  observando  o  iniciado.  Eles  usavam  vestes  rituais  maçônicas.  Na  penumbra,
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