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Manuel Abranches de Soveral                                   FRAGMENTA HISTORICA


                  mor de Sofala (1552) , capitania que        Luísa  de  Vasconcellos  casou  2ª  vez
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                  incluía  o  governo  de  Moçambique,        com  Pantaleão  de  Sá  e  Menezes,
                  etc. Passou à Índia numa das armadas        do  Conselho  de  D.  Sebastião,
                  de  1525,  sendo  referido  no  registo     capitão-mor  e  alcaide-mor  do
                  como filho de Fernão da Mesquita, de        Porto  (8.7.1569),  etc.,  pais  de  João
                  Guimarães.  A 24.1.1547, Diogo da           Rodrigues de Sá e Menezes, 1º conde
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                  Mesquita,  fidalgo  da  sua  Casa,  teve    de Penaguião (10.2.1583, com carta
                  de  D.  João  III,  pelos  seus  serviços,   de  1.9.1588).  Pantaleão  de  Sá  e
                  mercê das capitanias de Malaca              Menezes teve uma filha bastarda, D.
                  e  Moçambique,  por  3  anos.  Há           Maria de Menezes, casada com o Rui
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                  várias cartas de Diogo da Mesquita,         Mendes de Carvalho referido adiante
                  nomeadamente  duas  para  D.  João          no nº 2.6.6.
                  III ,  de  quem  também  há  uma
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                  carta  que  lhe  escreveu  a  6.12.1541,   2.2.6. Inês da Mesquita,  freira  no
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                  onde este rei lhe dá instruções para        convento de Santa Clara, no Porto.
                  celebrar a paz com os turcos.   Já      2.2.7. D. Maria Pimentel, n. cerca de 1512.
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                  tinha  falecido  a  8.11.1556,  quando      Casou cerca de 1530 com seu primo
                  sua  viúva,  D.  Luísa  de  Vasconcellos,   Fernão Pereira,  n.  cerca  de  1500,
                  escreveu  à  rainha  pedindo-lhe  que       escudeiro  fidalgo  da  Casa  Real  e
                                                                                        304
                  se lembrasse do desamparo em                alcaide-mor de Arraiolos pelo duque
                  que  ficara  ela  e  seus  filhos,  por     de Bragança.  Era filho de Henrique
                                                                        305
                  falecimento  de  Diogo  de  Mesquita,       Pereira , n. cerca de 1472, senhor da
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                  seu  marido,  e  que  o  governador  da     quinta  de  Geige,  em  Barbudos  (Vila
                  Índia a vexava com demandas e lhe           Verde), alcaide-mor de Arraiolos pelo
                  tomara todos os seus bens, pelo que         duque  de  Bragança,  a  quem  serviu
                  lhe pedia que mandasse suspender as         em Azamor, fidalgo da Casa da rainha
                  demandas e restituir o que lhe havia        D. Leonor  e cavaleiro da Casa de D.
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                  tomado.  Diogo da Mesquita casou            João III com 900 reais de moradia ,
                         300
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                  cerca de 1540 com a antedita D. Luísa       cavaleiro da Ordem de Cristo , etc.,
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                  de Vasconcellos, n. cerca de 1522 e         e de sua 1ª mulher D. Maior Pacheco.
                  fal. depois de 1578, filha de Manuel
                  de Vasconcellos, que serviu na Índia,   2010, ob. cit., p. 102, 126 e 127).
                  nomeadamente  como  capitão-mor     303  Alão, ob. cit., diz apenas que foi freira.
                  de  Cananor  (1545).  Dele  há  várias   304   Não  encontrei  o  seu  foro,  mas  apenas  os  de  seus
                  cartas para D. João III, nomeadamente   irmãos  Galiote  e  Gomes  Pereira,  ambos  escudeiros
                                                      fidalgos  da  Casa  de  D.  João  III  com  2.400  reais  de
                  escritas de Cananor.  C.g.  D.      moradia.
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                                          302
                                                      305  Segundo Alão, ob. cit., PEREIRAS, de Gege, §3.
           295  ANTT, Chancelaria de D. João III, M., Liv. 15, fól. 24v.  306  Filho de Fernão Pereira, 2º senhor de Castro Daire,
           296  “Emmenta da Casa da Índia”, 1907, ob. cit., p. 23;   etc., e de sua 2ª mulher D. Leonor de Lemos, como é
           e “Ementa da Casa da Índia: Manuscrito da Biblioteca   desenvolvido em “Ensaio sobre a origem dos Carvalhal”,
           Central da Marinha”, 2010, ob. cit., p. 17.  obra do autor ainda não editada. Este Fernão Pereira
           297  ANTT, RCI, Livro 7 de D. João III, fól. 47.  era  meio-irmão  de  Rui  Mendes  (de  Vasconcellos),
           298  ANTT, Corpo Cronológico, p. 1, mç. 71, nº 89; e mç.   avô materno de D. Maria Pimentel. Esta era portanto
           78, nº 129.                                parente no 3º grau de consanguinidade de seu marido
           299  ANTT, Corpo Cronológico, p. 1, mç. 71, nº 28.  Fernão Pereira.
           300  ANTT, Corpo Cronológico, p. 1, mç. 99, nº 140.  307  ANTT, Chancelaria D. Manuel I, M., Liv. 11, fól. 96 e
           301  ANTT, Corpo Cronológico, p. 1, mç. 77, nº 34; e mç.   96v.
           78, nº 108.                                308  Consta aí como “Henrique Pereira irmaõ de Antonio
           302   Deles  foi  filho  Manuel  da  Mesquita,  moço  fidalgo   Pereira”. Vide D. António Caetano de Sousa, “Livro dos
           da Casa Real, que serviu nas Armadas da Índia de 1567   Moradores da Casa do Senhor Rey D. João III do nome,
           e 1591, sendo na 1ª referido como filho de Diogo da   Rey de Portugal”, in “Provas da História Genealógica da
           Mesquita, capitão que foi de Sofala (“Ementa da Casa   Casa Real Portuguesa”, ob. cit.
           da Índia: Manuscrito da Biblioteca Central da Marinha”,   309  ANTT, Chancelaria D. Manuel I, M., Liv. 32, fól. 73.


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