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FRAGMENTA HISTORICA Cristóvão Mendes de Carvalho ‐ História de um alto
magistrado quinhentista e de sua família
onde foi capitão-mor de Chaul moradia. C.g.
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Depois foi governador de São Jorge
da Mina (1559). A 14.4.1559 escreveu 2.3. Branca de Carvalho, freira no
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uma carta ao secretário Pedro de convento de Santa Clara, no Porto.
Alcáçova Carneiro sobre a sua entrada 2.4. Dr. Henrique da Cunha , n. cerca
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no porto da Mina e seguimento que de 1482 e fal. depois de 1540, cavaleiro
fez a cinco naus depois que tomara da Casa Real e, como o pai e irmão,
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posse da capitania daquela fortaleza também contador de Entre-Douro-e-
por morte de Manuel da Fonseca, e Minho. 334 Sucedeu nomeadamente
os franceses não terem feito resgate como senhor de Cunha-a-Velha. Tirou
depois que chegara à dita terra e ordens menores em Braga a 28.5.1491.
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seu deplorável estado por causa dos Aparece também referido como doutor
ingleses que lhe estavam pedindo o ou licenciado, pelo que se terá formado
ordenado que venciam os capitães em Leis ou Cânones, provavelmente na
passados. Casou cerca de 1550 Universidade de Salamanca. D. Manuel
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com D. Guiomar Lobo, filha de João I enviou a 18.6.1510 ao almoxarifado
Freire Lobo, moço fidalgo da Casa de Ponte de Lima uma provisão para se
de D. João III com 1.000 reais de pagar a Henrique da Cunha, cavaleiro
da sua Casa, 80.000 reais em parte
que foi na Mina que Deus tem, em modo que faça fé, de seu casamento, mais 70.000 reais
que está em poder de João de Sequeira escrivão desta de mercê, tendo este documento a
provedoria, porque manda a eles ditos padres lhe façam
um ofício de nove lições todos os anos, com sua missa
cantada, pelo que praziam mande ao dito escrivão
passe a dita certidão em modo que faça fé. João de 330 Consta aí como “Joaõ Freire Lobo filho de Xpovaõ
Sequeira de Castro, escrivão da provedoria, atesta que Freire”. Vide D. António Caetano de Sousa, “Livro dos
tem em seu poder o livro dos registos, no qual consta Moradores da Casa do Senhor Rey D. João III do nome,
às folhas 310 o treslado do testamento que fez Manuel Rey de Portugal”, in “Provas da História Genealógica da
da Mesquita, capitão-mor que foi da Mina, pelo qual Casa Real Portuguesa”, ob. cit. É certamente filho de
testamento consta estar uma verba cujo treslado de Cristóvão Freire e sua mulher Violante Lobo.
verbo adverbum é o seguinte: “compridas todas as 331 Segundo Alão, ob. cit., que a chama D. Branca da
ditas cousas e ofícios e missas e descargos que mando Silva. Mas é preciso recuar ao séc. XIII para encontrar
fazer pela maneira atrás declarada que tudo se fará Silva na sua ascendência. Teve o prenome da avó
do monte moor de minha fazenda como dito he tudo o materna Branca Lourenço de Carvalho.
mais que remanescer de minha fazenda assim dinheiro 332 Ao contrário do que alguns dizem, não usou o nome
como raiz fasso e instituo em capella e tudo haquilo Cunha nem por obrigação de morgado instituído por seu
que se achar se empregará em fazenda de raiz forra pai nem tão-pouco por o dito seu pai ter sido senhor de
e isenta e se anexará a quintã da Falpera (ou Salpera) Cunha-a-Velha. Com efeito, já consta como Henrique
que me ficou de meu pai e mãe e do rendimento da dita da Cunha quando tirou ordens menores (28.5.1491) e
quintam e do mais fazenda que a ella anexar seram os seu pai só a 19.6.1498 comprou o senhorio de Cunha-
herdeiros dela obrigados a mandar dizer para sempre a-Velha. Sendo pouco normal o uso do apelido nos
em cada um ano hofício de nove lições com suas horas ordinandos menores, houve aqui um acto de vontade
e ladainhas hofertada com hum saquo de seis alqueires do pai para que este seu filho secundogénito tivesse o
de triguo e seis almudes de vinho ho que mandaram nome Cunha, invocando assim a avó Isabel da Cunha e
fazer por dia de todos os Santos ou dous dias antes ou sua linhagem.
despois e mais nam e assim mandaram dizer uma missa 333 Referido como tal desde 1510.
das chagas cada somana pola minha alma e de meu pai 334 Sobre ele há muita documentação como contador
Fernaõ da Mesquita e pola alma de minha mãe e isto da comarca de Entre-Douro-e-Minho, pelo menos entre
para sempre em cada hum ano como dito he paguará 1515 e 1531 (ANTT, Corpo Cronológico, p. I e II). O cargo
ho administrador e manistradores desta capela que incluía o de contador dos almoxarifados de Ponte de
está situada na ihgreja de Samta Maria d’Oliveira de Lima e Guimarães, vindo por vezes assim referido. D.
Guimarais na capela de JHUM honde ho dito meu pai jaz João III confirmou-o no cargo (ANTT, Chancelaria de D.
enterrado aquillo com que se consertar com hos padres João III, Liv. 46, fól. 143v).
da dita Igreja de que eles sejam contentes” (AMAP, C – 335 ADB, Matrículas de Ordens da Mitra de Braga, Pasta
778, fól. 238). 5. Consta como Anrique da Cunha, filho de Rui Mendes,
328 ANTT, Chancelaria de D. João III, M., Liv. 68, fól. 247. contador, e sua mulher Ana Rodrigues, moradores em
329 ANTT, Corpo Cronológico, p. 1, mç. 103, nº 57. Santa Maria de Guimarães.
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