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Manuel Abranches de Soveral                                   FRAGMENTA HISTORICA


                assinatura de Henrique da Cunha.  A         Mendes de Carvalho também tinha nesta
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                30.4.1511  teve  provisão  para  receber    rua umas casas de duas moradas ,
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                80.000  reais  de  seu  mantimento.   A     tal  como  seu  irmão  João  Mendes  de
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                12.4.1519 o mesmo rei mandou que o          Carvalho. Sucedeu ainda no prazo das
                contador Henrique da Cunha tomasse          casas da Rua da Sapateira que tinha sido
                conta aos almoxarifes das alfândegas de     de seu pai.   Casou  cerca  de  1509
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                Viana  e  Caminha  do  rendimento  delas    com  Inês da  Mesquita ,  n.  cerca  de
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                e  entregasse  o  resultado  a  Diogo  Pais,   1492 em Guimarães, filha de Pedro da
                recebedor do almoxarifado do Porto.         Mesquita , cavaleiro, que tirou ordens
                                                                   350
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                Está  publicado,  com  a  sua  assinatura   menores  a  18.9.1471  em  Braga ,  foi
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                (Anrjque  da  Cunha) um caderno do          senhor da quinta do Corgo ou Corrego,
                arrendamento  do  ano  de  1523  do         em  São  Romão  do  Corgo  (Basto),  que
                Almoxarifado  de  Ponte  de  Lima  com      lhe emprazou seu sogro ,  e  também
                                                                                352
                mandado do contador da comarca.             teve uma casa na Rua de Santa Maria,
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                Rubricou o livro das avenças da sisa geral   em  Guimarães ,  onde  vivia  em  1511,
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                da  vila  de  Ponte  de  Lima  e  seu  termo
                (1530-2) e o livro da receita das dízimas   346  AMAP, C - 775, fól. 81.
                da  Alfândega  de  Vila  do  Conde.  D.   347  O que se concluiu dado o prazo destas casas estar
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                João III deu-lhe carta de privilégio para   em  1576  na  posse  de  seu  neto  sucessor  Manuel  da
                                                      Cunha  da  Mesquita,  com  referência  a  que  tinha  sido
                andar de mula.  Viveu na Rua de Santa   “do contador velho” (AMAP, Colegiada 932j, fól. 134v
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                Maria , em Guimarães, em casas que aí   a 136v).
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                tinha de prazo da Colegiada em 1520    348   Sendo  certo  que  já  estavam  casados  a  18.6.1510
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                e  1540 ,  certamente  as  que  depois   quando D. Manuel I enviou ao almoxarifado de Ponte
                      344
                                                      de  Lima  uma  provisão  para  se  pagar  a  Henrique  da
                foram de seu filho sucessor e parte das   Cunha, cavaleiro da sua Casa, 80.000 reais em parte de
                que  já  eram  de  seu  bisavô  materno  o   seu casamento.
                Doutor Diogo Afonso Carvalho.  Tanto   349   Irmã,  nomeadamente,  de  João  da  Mesquita,  que
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                mais que em 1530 seu irmão Cristóvão   tirou  ordens  menores  em  Braga  a  20.6.1511,  como
                                                      filho de Pedro da Mesquita e sua mulher Filipa Borges,
                                                      moradores na freguesia de Santa Maria da Oliveira, em
           336  ANTT, Corpo Cronológico, p. 2, mç. 22, nº 93.  Guimarães  (ADB,  Matrículas de Ordens da Mitra de
           337  ANTT, Corpo Cronológico, p. 2, mç. 26, nº 119.  Braga).
           338  ANTT, Corpo Cronológico, p. 2, mç. 81, nº 33.  350   Tio  paterno  de  Fernão  da  Mesquita,  o  Velho  de
           339  Maria Leonor Garcia da Cruz, ”A governação de D.   Guimarães,  marido  de  Beatriz  Mendes  de  Carvalho,
           João III: a Fazenda Real e os seus vedores”, 1998, vol.   referida no nº 2.2. Vide Manuel Abranches de Soveral,
           1, p. 215 e 216.                           “Ensaio sobre a origem dos Mesquita”, 2006, in www.
           340  ANTT, Núcleo Antigo, 529 e 514   .    soveral.info/mas/Mesquita.htm.   Verifico   que   os
           341  ANTT, Chancelaria de D. João III, M., Liv. 13, fól. 76.  próprios, sempre que é possível obter a sua assinatura,
           342  A rua de Santa Maria era a principal artéria da vila de   escrevem o nome como da Mesquita e assim consta em
           Guimarães, que desde a Idade Média ligava a Colegiada   muita  documentação,  nomeadamente  nas  matrículas
           de Santa Maria da Oliveira e seu burgo ao castelo. Vide   de ordens. Contudo, terceiros por vezes escrevem  de
           Maria da Conceição Falcão Ferreira, “Uma rua de elite   Mesquita. O correcto nesta época é da Mesquita, razão
           na Guimarães medieval (1376-1520)”, 1989.  porque aqui assim sempre escrevo, sem revisionismos.
           343  Pagava de foro 324 reais (AMAP, Livro da Fazenda do   351   ADB,  Matrículas de Ordens da Mitra de Braga,
           Cabido, nº 13, fól. 13).                   constando aqui como Pedro Martins da Mesquita.
           344   AMAP,  C-1116,  Prazo  54.  A  20.9.1540  foi  feita   352   Descrição de  Basto,  pelo  bispo  de  Lamego,  referida
           vedoria de umas casas que vagaram por morte de Ana   por Rodolfo de Castro Leal, "Origem dos fundadores dos
           de Sequeira na Rua de Santa Maria mulher que foi de   solares  de  São  Romão  e  de  Melhorado",  in  "Raízes  &
           Simão de Figueiredo, escudeiro, morador que foi nesta   Memórias", nº 1.
           vila, as quais casas partem da parte de baixo com casas   353   Prazo  feito  a  10.7.1497  a  “Pº da Mesquita
           de Henrique da Cunha e da banda de cima com casas de   cavaleyro  genro  do  dom  abade  de  Refojos”  (AMAP,
           João Mendes de Carvalho seu irmão, e com a dita Rua   Colegiada,  4130,  DP69,  24).  Estas  casas  ficaram  para
           publica por diante e por detrás com enxido e palheiro e   seu  filho  António  da  Mesquita,  que  casou  com  Ana
           suas pertenças.                            de  Madureira,  irmã  de  Cecília  de  Figueiroa,  casada
           345   Que  em  1453  e  1455  aí  tinha  duas  casas,  que   com  João  Mendes  de  Carvalho,  referido  no  nº  2.6.  A
           pagavam de foro 254 reais (AMAP, Livro da Fazenda do   descendência de António da Mesquita e sua mulher
           Cabido, nº 4, fól. 7, e nº 7, fól. 7).     extinguiu-se. Seu filho João de Figueiroa da Mesquita,
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