Page 48 - 5
P. 48
FRAGMENTA HISTORICA Cristóvão Mendes de Carvalho ‐ História de um alto
magistrado quinhentista e de sua família
irmã de Fernão Lourenço de Lima, Foram pais de João Martins Ferreira,
que os mouros mataram no Suez, e sucessor, que embarcou na armada da
mulher de Rui Mendes da Mesquita, Índia de 1549 ; de Jorge Pimentel da
288
teve mercê para mandar vir da Índia Mesquita, que embarcou na Armada
certas mercadorias defesas. C.g., da Índia de 1561 ; e das primeiras
282
289
nomeadamente nos Souza da Silva noviças no mosteiro de Santa Clara
Alcoforado, da dita quinta da Silva. 283 de Trancoso, fundado pelo tio-avô Dr.
Cristóvão Mendes.
2.2.3. Ana da Mesquita, n. cerca de 1503 e
fal. depois de 1538. Ana da Mesquita, 2.2.4. Lopo da Mesquita, n. cerca de
filha de Fernão da Mesquita, teve a 1506, tirou ordens menores em
6.5.1520 provisão de D. Manuel I para Braga a 22.12.1519, junto com o
receber 52.500 reais, dos 105.000 irmão Diogo. Foi capitão na Índia,
290
reais que este rei lhe deu pelo seu referido por Diogo do Couto e João
casamento. A 27.6.1538, Pantaleão de Barros. Fal. solt. s.g.
284
291
Ferreira, fidalgo da Casa Real, e Ana
da Mesquita, sua mulher, moradores 2.2.5. Diogo da Mesquita, n. cerca de
no Porto, venderam a Gonçalo Pires, 1507, que tirou ordens menores em
sapateiro, umas casas onde este vivia, Braga 22.12.1519, como filho de
na rua do Souto, da parte da fraga dos Fernão da Mesquita e sua mulher
Pelames, em escritura no tabelião Inês Mendes, moradores em Santa
292
do Porto Brás Ferreira. Casou cerca Maria da Oliveira de Guimarães , e
de 1520 com Pantaleão Ferreira , fal. antes de 1556. Foi escudeiro do
285
fidalgo da Casa Real, cidadão e cardeal-infante D. Afonso, bispo da
vereador da Câmara do Porto em Guarda, e depois escudeiro fidalgo
1553, cavaleiro professo da Ordem da Casa da D. João III com 700 reais
293
de Cristo (16.10.1528) , 2º morgado de moradia , capitão na Índia,
286
de Jerusalém (26.10.1510) , etc. também referido por Diogo do Couto
287
e João de Barros , embaixador a
294
Constantinopla (1541-50), capitão-
282 ANTT, RCI, Livro VIII de D. João III, fól. 115v.
283 Destes foram filhos, pelo menos: D. Maria da Silva,
sucessora, casada com António de Souza Alcoforado,
c.g. (vide nota nº 472); Diogo Lopes da Mesquita (ou de Pantaleão Ferreira quando a 16.2.1512 recebeu 1.218
Lima), morgado de Nossa Senhora da Graça na Colegiada reais do seu foro de moço da câmara da Casa Real, com
de Guimarães (vide nota nº 353), pai natural de Rui moradia de 406 reais por mês e três quartos de cevada
Mendes da Mesquita, moço fidalgo que embarcou nas por dia.
armadas da Índia de 1588 e 1591 (vide “Ementa da Casa 288 Referido como filho de Pantaleão Ferreira. Vide
da Índia: Manuscrito da Biblioteca Central da Marinha”, “Ementa da Casa da Índia: Manuscrito da Biblioteca
2010, ob. cit., p. 119, 122 e 128); e Francisco, que tirou Central da Marinha”, 2010, ob. cit., p. 45.
ordens menores em Braga a 23.5.1562. 289 Referido como morador no Porto, filho de Pantaleão
284 ANTT, Corpo Cronológico, p. 2, mç. 89, nº 69. Ferreira e Ana da Mesquita. Vide “Ementa da Casa da
285 Vide Manuel Abranches de Soveral, “Ensaio sobre a Índia: Manuscrito da Biblioteca Central da Marinha”,
origem dos Ferreira”, 2005, in www.soveral.info/mas/ 2010, ob. cit., p. 67.
Ferreira.htm. 290 ADB, Matrículas de Ordens da Mitra de Braga, Pasta
286 António Machado de Faria, “Cavaleiros da Ordem de VII, Cad. 9.
Cristo no Século XVI”, in "Arqueologia e História", Série 291 “Ásia”, Década IV, parte I, Liv. 2, Cap. XI, etc.
8, VoI. VI, 1955, p. 64. 292 ADB, Matrículas de Ordens da Mitra de Braga, Pasta
287 Sucedeu no morgadio dos Ferreira no Porto, com a VII, Cad. 9.
sua capela de Jerusalém no mosteiro de São Domingos, 293 Traz a indicação: “que foi do Bispo da Guarda”. Vide
confirmado como tal, a pedido de seu pai, por carta de D. António Caetano de Sousa, “Livro dos Moradores
D. Manuel I de 26.10.1510, e reconfirmado a 2.4.1511. da Casa do Senhor Rey D. João III do nome, Rey de
Na carta de 1510 consta como “Pantelião Francisquo, Portugal”, in “Provas da História Genealógica da Casa
nosso moço da câmara, por ser lídimo e filho mais Real Portuguesa”, ob. cit.
velho” (salvo se foi erro do copiador, que verteu a 294 “Ásia”, Década IV, parte I, Liv. 2, Cap. XI; Década VI,
abreviatura Fª por Francisco), mas já aparece como Liv. 9, Cap. XXII, etc.
48