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FRAGMENTA HISTORICA                     Cristóvão Mendes de Carvalho  ‐ História de um alto
                                                            magistrado quinhentista e de sua família

                  irmã  de  Fernão  Lourenço  de  Lima,       Foram pais de João Martins Ferreira,
                  que  os  mouros  mataram  no  Suez,  e      sucessor, que embarcou na armada da
                  mulher de Rui Mendes da Mesquita,           Índia de 1549 ; de Jorge Pimentel da
                                                                        288
                  teve mercê para mandar vir da Índia         Mesquita, que embarcou na Armada
                  certas  mercadorias  defesas.   C.g.,       da Índia de 1561 ; e das primeiras
                                         282
                                                                            289
                  nomeadamente nos Souza da Silva             noviças no mosteiro de Santa Clara
                  Alcoforado, da dita quinta da Silva. 283    de Trancoso, fundado pelo tio-avô Dr.
                                                              Cristóvão Mendes.
               2.2.3. Ana da Mesquita, n. cerca de 1503 e
                  fal. depois de 1538. Ana da Mesquita,   2.2.4. Lopo da Mesquita,  n.  cerca  de
                  filha de Fernão da Mesquita, teve a         1506,  tirou  ordens  menores  em
                  6.5.1520 provisão de D. Manuel I para       Braga  a  22.12.1519,  junto  com  o
                  receber  52.500  reais,  dos  105.000       irmão Diogo.  Foi capitão na Índia,
                                                                        290
                  reais que este rei lhe deu pelo seu         referido  por  Diogo  do  Couto  e  João
                  casamento.  A 27.6.1538, Pantaleão          de Barros.  Fal. solt. s.g.
                           284
                                                                      291
                  Ferreira, fidalgo da Casa Real, e Ana
                  da Mesquita, sua mulher, moradores      2.2.5. Diogo da Mesquita,  n.  cerca  de
                  no Porto, venderam a Gonçalo Pires,         1507, que tirou ordens menores em
                  sapateiro, umas casas onde este vivia,      Braga  22.12.1519,  como  filho  de
                  na rua do Souto, da parte da fraga dos      Fernão da Mesquita e sua mulher
                  Pelames,  em  escritura  no  tabelião       Inês  Mendes,  moradores  em  Santa
                                                                                       292
                  do  Porto  Brás  Ferreira.  Casou  cerca    Maria da Oliveira de Guimarães , e
                  de  1520  com  Pantaleão Ferreira ,         fal. antes de 1556. Foi escudeiro do
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                  fidalgo  da  Casa  Real,  cidadão  e        cardeal-infante  D.  Afonso,  bispo  da
                  vereador da  Câmara do  Porto  em           Guarda,  e  depois  escudeiro  fidalgo
                  1553,  cavaleiro  professo  da  Ordem       da Casa da D. João III com 700 reais
                                                                        293
                  de Cristo (16.10.1528) , 2º morgado         de moradia ,  capitão  na  Índia,
                                   286
                  de  Jerusalém  (26.10.1510) ,  etc.         também referido por Diogo do Couto
                                         287
                                                              e  João  de  Barros ,  embaixador  a
                                                                             294
                                                              Constantinopla  (1541-50),  capitão-
           282  ANTT, RCI, Livro VIII de D. João III, fól. 115v.
           283  Destes foram filhos, pelo menos: D. Maria da Silva,
           sucessora,  casada  com  António  de  Souza  Alcoforado,
           c.g. (vide nota nº 472); Diogo Lopes da Mesquita (ou de   Pantaleão Ferreira quando a 16.2.1512 recebeu 1.218
           Lima), morgado de Nossa Senhora da Graça na Colegiada   reais do seu foro de moço da câmara da Casa Real, com
           de  Guimarães  (vide  nota  nº  353),  pai  natural  de  Rui   moradia de 406 reais por mês e três quartos de cevada
           Mendes da Mesquita, moço fidalgo que embarcou nas   por dia.
           armadas da Índia de 1588 e 1591 (vide “Ementa da Casa   288   Referido  como  filho  de  Pantaleão  Ferreira.  Vide
           da Índia: Manuscrito da Biblioteca Central da Marinha”,   “Ementa  da  Casa  da  Índia:  Manuscrito  da  Biblioteca
           2010, ob. cit., p. 119, 122 e 128); e Francisco, que tirou   Central da Marinha”, 2010, ob. cit., p. 45.
           ordens menores em Braga a 23.5.1562.       289  Referido como morador no Porto, filho de Pantaleão
           284  ANTT, Corpo Cronológico, p. 2, mç. 89, nº 69.  Ferreira e Ana da Mesquita. Vide “Ementa da Casa da
           285  Vide Manuel Abranches de Soveral, “Ensaio sobre a   Índia:  Manuscrito  da  Biblioteca  Central  da  Marinha”,
           origem  dos  Ferreira”,  2005,  in  www.soveral.info/mas/  2010, ob. cit., p. 67.
           Ferreira.htm.                              290  ADB, Matrículas de Ordens da Mitra de Braga, Pasta
           286  António Machado de Faria, “Cavaleiros da Ordem de   VII, Cad. 9.
           Cristo no Século XVI”, in "Arqueologia e História", Série   291  “Ásia”, Década IV, parte I, Liv. 2, Cap. XI, etc.
           8, VoI. VI, 1955, p. 64.                   292  ADB, Matrículas de Ordens da Mitra de Braga, Pasta
           287  Sucedeu no morgadio dos Ferreira no Porto, com a   VII, Cad. 9.
           sua capela de Jerusalém no mosteiro de São Domingos,   293  Traz a indicação: “que foi do Bispo da Guarda”. Vide
           confirmado como tal, a pedido de seu pai, por carta de   D.  António  Caetano  de  Sousa,  “Livro  dos  Moradores
           D. Manuel I de 26.10.1510, e reconfirmado a 2.4.1511.   da  Casa  do  Senhor  Rey  D.  João  III  do  nome,  Rey  de
           Na carta de 1510 consta como “Pantelião Francisquo,   Portugal”, in “Provas da História Genealógica da Casa
           nosso  moço  da  câmara,  por  ser  lídimo  e  filho  mais   Real Portuguesa”, ob. cit.
           velho”  (salvo  se  foi  erro  do  copiador,  que  verteu  a   294 “Ásia”, Década IV, parte I, Liv. 2, Cap. XI; Década VI,
           abreviatura  Fª  por  Francisco),  mas  já  aparece  como   Liv. 9, Cap. XXII, etc.


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