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FRAGMENTA HISTORICA                     Cristóvão Mendes de Carvalho  ‐ História de um alto
                                                            magistrado quinhentista e de sua família

             que  sua  mulher  levou  em  dote,  etc.,  e  de   com  o  Dr.  Pedro  Esteves,  de  Barcelos ,
                                                                                         260
             sua mulher Branca Lourenço Carvalho, fal.   vedor das obras de Entre-o-Douro-e-Minho
             depois de 1473, dama da rainha D. Isabel    e Trás-os-Montes, etc.
                                              253
             e herdeira do dito prazo de Souto d’el Rei ,
                                             254
             filha sucessora de Diogo Afonso Carvalho, n.   2.1.  Fernão Mendes,  n.  cerca  de  1476,
             cerca de 1395 e fal. em 1463 , vassalo d’el    não referido nas genealogias, que tirou
                                    255
             rei,  escrivão  da  câmara  de  D.  João  I  e  D.   ordens menores em Braga a 21.8.1485,
             Duarte  e  ouvidor  da  corte  (1438-40) ,     como  Fernão  Mendes,  filho  de  Rui
                                             256
             desembargador   da   Casa   do   Cível         Mendes,  contador,  e  sua  mulher  Ana
             (18.1.1440) , senhor do prazo de Souto de      Rodrigues,  moradores  em  Santa  Maria
                      257
                                                                       261
             El-Rei  e  do  reguengo  de  Monte  Bravo      de Guimarães.  Terá fal. novo, pois não
             (13.1.1444) , etc., e de sua mulher Branca     há mais notícia dele.
                      258
             Pinheiro , irmã de Isabel Pinheiro casada   2.2.  Beatriz Mendes de Carvalho, n. cerca
                   259
                                                            de 1478 e fal. depois de 1524, ano em
           adubar e lavrar (ANTT, Chancelaria de D. Afonso V, Liv.   que vivia com o marido em Guimarães,
           20, fól. 115v). Levou este prazo em dote de casamento.
           253  Apesar de ainda se documentar em 1470 como dama   na  freguesia  de  Nossa  Senhora  da
           da rainha D. Isabel, esta só pode ser a filha do infante   Oliveira.  Casou  cerca  de  1497  com
           regente D. Pedro, que casou em 1448 com seu primo o   Fernão da Mesquita ,  o  Velho  de
                                                                             262
           rei D. Afonso V, foi mãe de D. João II a 3.4.1455 e veio a   Guimarães ,  fidalgo  da  Casa  Real ,
                                                                    263
                                                                                         264
           falecer com 23 anos a 2 de Dezembro desse ano.
           254  Em 1470 Branca Lourenço, dama da rainha D. Isabel,   n.  cerca  de  1460,  que  tardiamente
           e seu marido Rui Lopes foram confirmados no prazo de   tirou  ordens  menores  em  Vila  Real  a
           Souto d'El-Rei, por emprazamento de D. Afonso V, com   7.7.1488   e  fal.  depois  de  15.3.1535,
                                                                  265
           obrigação de darem duas cargas de lenha cada dia aos   data  em  que  participou  numa  reunião
           Capuchos de Lamego. A 23.6.1473 Branca Lourenço, já
           viúva, teve um prazo do Cabido de Lamego.        da  Câmara  de  Guimarães  para  eleger
                                                                                   266
           255  A 1.3.1463 D. Afonso V nomeou o Dr. Lopo Gonçalves   um  juiz  ordinário  substituto ,  sendo
           para a Casa do Cível de Lisboa, em substituição de Diogo   sepultado na sua capela de Jesus, Santo
           Afonso Carvalho, desembargador, que morrera.     Estêvão ou Nossa Senhora da Graça na
           256   Já  se  documenta  como  escrivão  da  câmara  de  D.          267
           João I em 1431. Em 1438 documenta-se como vassalo   Colegiada de Guimarães.  Esteve com
           e ouvidor da corte de D. Duarte, sendo escrivão da sua
           câmara.  Em  1439  D.  Afonso  V  confirmou  nomeação   260  Vide Manuel Abranches de Soveral, “Reflexões sobre
           de Nicolau Rodrigues, criado do conde de Barcelos, a   a  origem  dos  Pinheiro,  de  Barcelos”,  2007,  disponível
           pedido de Diogo Afonso Carvalho, ouvidor da corte, no   em www.soveral.info/mas/Pinheiro.htm.
           cargo de inquiridor do número na vila de Guimarães e   261  ADB, Matrículas de Ordens da Mitra de Braga.
           seu  termo,  em  substituição  de  Fernão  de  Carvalhais,   262   Manuel  Abranches  de  Soveral,  “Ensaio  sobre  a
           que morrera. A 24.1.1440 o mesmo rei nomeou Gomes   origem dos Mesquita”, 2006, in www.soveral.info/mas/
           Anes, bacharel, criado do infante D. Pedro, para o cargo   Mesquita.htm.
           de  ouvidor  régio,  em  substituição  de  Diogo  Afonso   263  Onde viveu nas suas casas da Rua da Infesta.
           Carvalho, que fora nomeado para o desembargo régio.  264   Não  encontrei  o  foro,  mas  documenta-se  como
           257   Foi  nomeado  desembargador  da  Casa  do  Cível   tal,  nomeadamente  em  1530,  quando  testemunhou
           18.1.1440,  em  substituição  de  Lopo  Martins  do   a escritura em que seu cunhado Cristóvão Mendes
           Carvalhal, como já ficou dito.             acrescentou missas à capela de seu pai (AMAP, C - 781,
           258  A 1.23.1444 D. Afonso V escambou a Diogo Afonso   fól. 188 e seg.).
           Carvalho,  seu  desembargador,  a  sua  quinta  de  São   265  ADB, Matrículas de Ordens da Mitra de Braga.
           Vicente,  termo  da  vila  de  Guimarães,  pelo  reguengo   266  Juntamente com Pedro da Mesquita (seu irmão). Vide
           de  Monte  Bravo,  o  qual  estava  aforado  a  Gonçalo   João  Lopes  de  Faria  (leitura),  “Vereações  (Guimarães,
           Gonçalves,  morador  no  dito  lugar,  por  cinco  libras  e   1531)”, in Revista de Guimarães, nº 107, 1997, p. 31.
           meia da moeda antiga, e que por sua morte estava na   267  “Na  Capela  de  Jesu  da  parte  da  Sancrhistia  está
           posse de sua mulher Branca Vieira.         sepultado  Fernão  da  Mesquita,  e  seus  herdeiros  que
           259   Segundo  Gayo,  ob.  cit.,  ORIGENS  DOS  PINHEIROS,   foi Rui de Souza e Silva morador nesta villa e morreo
           §17, foi “sepultada na vila de Barcelos em sepultura alta   em 14 de Agosto de 1664 e nella se enterrou” (AMAP,
           junto da sacristia que hoje não existe, e tinha um letreiro   C-737,  Livro  das  Sepulturas  da  Colegiada). E capela
           que  dizia  =  Aqui  jaz  Branca  Pinheiro  filha  de  Martim   de  Santo  Estêvão,  na  Colegiada  de  Guimarães,  que
           Gomes Lobo do Conselho do Duque de Bragança fº do   foi  de  Rui  Mendes  da  Mesquita  e  seu  pai  Fernão  da
           virtuoso D. João, e ouvidor em todas as suas terras e sua   Mesquita  (1534)  –  Vide  Leonor  Calvão  Borges,  “Livro
           m.  Mor Esteves aqui jaz”.                 das Lembranças das Capelas da Coroa Real”, in Raízes &
            er

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