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FRAGMENTA HISTORICA Cristóvão Mendes de Carvalho ‐ História de um alto
magistrado quinhentista e de sua família

carta: “Eu el Rey faço saber aos que esta 1596 , já referida atrás no nº 3.3.6.,
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carta virê q havendo resptº a xpovão cerca de 13 anos mais velha do que o
mêdez de Carvalho ir por aventur na marido, s.g.
ro
jornada de Africa em companhia d’el
Rey Don Sebastião meu Primo q Ds tem 4.3. (a) João Mendes de Carvalho, n. cerca
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a honde cativou e a servir na guerra do de 1565, que fal. solt., s.g. Há um João
Brasil com o governador Don Fr de Carvalho, filho de Pedro Carvalho, que
co
Souza e ir por sua ordem a Angola ao em 1576 era moço fidalgo da Casa de
resgate de cento e cinquenta escravos D. Sebastião com 500 reais de moradia
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para as galeotas que se fizerão per e 1 alqueire de cevada por dia. Podia
conta de minha fazenda e depois tornar ser este ou João de Carvalho Patalim,
ao Brasil com eles e dar sua conta ao filho sucessor de Pedro de Carvalho,
dito governador e pella confiança q morgado de Val da Gramaxa, em Évora.
nelle tinha ho encarregar de Capitão Mas mais provavelmente era este, pois
de uma viagem q veio a esta cidade em João de Carvalho Patalim nasceu cerca
meu serviço e ir a Cascaes ê compª de de 1535 e já se documenta moço fidalgo
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Don Affonso de Noronha, hey por bem e em 1551. Fal. novo.
me praz per todos os ditos respeitos de 4.4. (a) Dr. Gil Rodrigues de Carvalho , n.
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lhe fazer mercê do offº de meirinho do cerca de 1566 em Tentúgal , licenciado
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mar e alfandega e porto della da cidade em Cânones pela Universidade
de São Sebastião do Rio de Janeiro das de Coimbra por exame privado de
partes do Brasil para servir por tempo 27.7.1600, tendo feito o bacharelato a
de seis anos com o qual cargo avera o 20.7.1594 e matriculado a 10.10.1587,
ordenado proes e percalços que tiveram depois de se ter matriculado em Instituta
e ouverão os q antes delle o servirão a 1.10.1586. Alão diz que morreu
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(…)”. Viveu também no seu morgadio quando estudava em Coimbra, pelo que
de Lamarosa , no termo de Tentúgal, provavelmente faleceu na peste que em
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pois a 14.3.1624 e 24.9.1624 Cristóvão 1602 grassou nesta cidade, enquanto
Mendes de Carvalho, viúvo, aí morador, preparava o doutoramento. Afonso de
foi ouvido na ermida de São Varão desse Torres , que o dá erradamente como
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lugar como testemunha no processo filho do 2º casamento, diz apenas que
da Inquisição de Coimbra de Matias
Pereira de Sampaio. Viveu igualmente 683 Em Évora (Sé), sem assentos de óbito para esta época,
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vila de Estremoz, em cujas casas estava ou em Estremoz, onde não encontrei o seu óbito.
Alão, ob. cit., diz que foi “desasizado”. Gayo, ob. cit.,
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quando a 19.11.1596 aí mandou fazer diz que morreu louco.
o inventário dos bens de sua falecida 685 Vide D. António Caetano de Sousa, “Livro das
mulher, de quem foi herdeiro. Casou Moradias, e Foros do Reino na Caza do Senhor Rey
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cerca 1581, provavelmente em Évora D. Sebastião no anno 1576. Copiado do Livro do
(Sé) com sua dupla prima-direita Thesoureiro das mesmas moradias, que se guarda no
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Cartório dos Contos do Reyno, e Caza”, in “Suplemento
D. Guiomar de Vasconcellos, b. a às Provas da História Genealógica da Casa Real
23.11.1551 em Évora (Sé) e fal. em Portuguesa”, ob. cit.
686 ANTT, Chancelaria de D. João III, P., Liv. 4, fól. 147.
679 Por morte de seu pai terá ido viver para a quinta de 687 Nome com que consta nos registos da Universidade
Lamarosa, ficando sua madrasta e seus meios-irmãos a de Coimbra. Usou o prenome e patronímico de seu
viver na casa da vila de Tentúgal, onde se documentam. tio-bisavô materno, Gil Rodrigues de Vasconcellos,
680 ANTT, Tribunal do Santo Ofício, IC, proc. 4724. Neste instituidor do morgadio de Machede.
processo documentam-se dois criados deste Cristóvão 688 Referido como natural de Tentúgal na matrícula da
Mendes de Carvalho: António Tavares e Francisco de Universidade de Coimbra. Os baptismos desta freguesia
Araújo. só começam em 1577.
681 ADEVR, Fundo da Misericórdia de Évora, Cod. 1786, 689 AUC, Matrículas.
peça 1, fól. 68-75v. 690 Vide ob. cit.
682 Há vários assentos deste ano rasgados e ilegíveis. 691 Vide ob. cit.

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