Page 87 - 5
P. 87
Manuel Abranches de Soveral FRAGMENTA HISTORICA
da Restauração , senhor da quinta de que se chama, e não se escrever assim
735
Prime, em Fragosela (Viseu), que teve foi erro do off q fez a port por honde
al
ria
de D. Pedro II alvará para ser escuso dos se obrou este Alvara”. Diz a mesma carta
cargos da Câmara de Viseu , c.g. D. que este António “havendo servido na
736
737
Sebastiana era filha sucessora de Rui de Cavallaria da Beira, foi morto de hua
Mello Cardoso e sua mulher D. Luísa balla de Art na Campanha de Valença,
738
ra
de Nápoles, ambos já falecidos em 1666. indo de socorro a Provª do Alentejo, no
anno de 657”.
742
5.2. João Gomes de Lemos, n. cerca 1638,
certamente em Vila Maior. Como 5.4. Martinho de Lemos, n. cerca 1641,
739
João de Carvalho e Lemos matriculou- ib, e fal. antes de 1699, foi clérigo em
se a 19.11.1657 em Cânones na Castela, para onde fugiu em 1673 por
Universidade de Coimbra. Mas consta crime que cometeu. Tendo depois
740
como João Gomes de Lemos nas cartas voltado, foi então degredado para a
em que seu irmão Bernardo sucedeu Índia, onde faleceu. Como Martinho de
nos seus serviços. Foi capitão de cavalos Lemos foi testemunha em Vila Maior de
e couraças nas guerras da Restauração, um casamento a 23.7.1673. Alão ,
744
743
onde morreu na batalha de Montes que o chama Martim de Lemos, diz que
Claros (17.6.1665) , solt., s.g. Diz uma o degolaram em estátua em Vouzela,
741
das ditas cartas que “João Gomes de pela morte de Francisco de Souza de
Lemos se achou no recontro de Degebe Almeida, em 1673. Francisco de Souza
e batalha do Ameixial procedendo com de Almeida, herdeiro da quinta da
grande vallor como também na batalha Cavalaria, ib, foi de facto morto em
de Montes Claros em q foi morto”. Vouzela, como testemunha sua tia D.
Margarida. Este Francisco foi fidalgo
5.3. António de Carvalho de Vasconcellos, da Casa Real e familiar do Santo Ofício
n. cerca 1639, ib, capitão nas guerras (12.8.1668), mas não fez o juramento
da Restauração, que morreu no cerco por ter falecido entretanto, como
de Badajoz (1657), com uma bala de se refere na inquirição de genere do
artilharia que lhe arrancou uma perna, irmão. Sendo certo que a 27.1.1673
745
solt., s.g. Em geral aparece referido o Santo Ofício aprovou o seu casamento
apenas como António de Vasconcellos, com D. Sebastiana Velez de Castello-
mas numa das cartas dos seus serviços Branco, n. em Águeda. Pelo que a morte
ao irmão Bernardo está averbado: “Antº foi não só depois desta data mas após
de Vas se lhe achou sertidão cõ o nome 23 de Julho, quando Martinho de Lemos
los
de Antº Carvalho de Vas , e assim diz ainda testemunha em Vila Maior, como
los
735 Como se diz no foro, por cujos serviços o teve. ficou dito.
736 ANTT, Chancelaria de D. Pedro II, Liv. 35, fól. 62v.
737 Pais de Diogo de Souza e Mello, baptizado a 3.11.1674 5.5. Bernardo de Carvalho de Lemos,
Fragosela (Viseu), de Luís de Souza e Mello, baptizado a fidalgo cavaleiro da Casa de D. Pedro
1.12.1675, ib, e outros, c.g. nos barões de Prime. II e mestre de Campo de Auxiliares
746
738 Casados a 13.2.1646 em Nandufe (Tondela), ADVIS, da comarca de Aveiro , n. na vila de
747
Paroquiais de Tondela.
739 Referido como natural da Trofa na matrícula na
Universidade de Coimbra. Contudo, o seu baptismo 742 Vide ANEXOS, nº 3.
não consta nos livros da Trofa, onde apenas aparece 743 ADVIS, Paroquiais de São Pedro do Sul.
o de seu irmão Pedro, pelo que este João e os irmãos 744 Vide ob. cit.
António e Martinho devem ter nascido em Vila Maior, 745 Aires de Almeida de Souza, familiar a 14.6.1674
freguesia onde os assentos de baptismo só começam (ANTT, Habilitações do Santo Ofício, Aires, mç. 1, doc.
em 1652. 2).
740 AUC, Matriculas. Matriculou-se em Instituta a 746 Referido como Fidalgo da minha Casa nas cartas de
30.10.1656 e em Cânones a 19.11.1657 e 9.11.1658. D. Pedro II. Não encontrei o foro nos fundos habituais.
741 Segundo Afonso de Torres, ob. cit. 747 Referido como tal, mas não encontrei a nomeação.
87