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P se levantou e foi em direção à porta. Lá chegando, hesitou, voltou-se para o Dr.
P
Rogers e perguntou: "Ainda lemos alguns minutos. O senhor se importa se eu disser
algumas coisas a meu respeito?" Rogers convidou-a para sentar e escutou atenta-
mente o que a mulher tinha a dizer. Nas próprias palavras dele,"Naquele momento,
a verdadeira terapia começou". Posteriormente, ele descobriu que existe dentro de
cada pessoa o que acreditou ser um impulso inato em direção à totalidade, e este
impulso é ativado quando a pessoa se sente acolhida e aceita incondicionalmente.
Não sei se o Dr. Rogers em algum momento pensou nisso, mas existem algumas
surpreendentes semelhanças entre o seu pensamento e o amor incondicional que
Jesus ensinou séculos atrás.
Jesus falava do amor divino, que era incondicional. Rogers dizia que a consideração
positiva incondicional era essencial para o processo de cura. Jesus descreveu a
humanidade como sendo a imagem de Deus, possuindo um valor inerente. Rogers
observou um processo de auto-realização inerente em todas as pessoas e afirmou
que a autenticidade só acontece quando somos coerentes com nós mesmos.
Jesus disse muitas coisas que apóiam a crença humanista na bondade inerente das
pessoas, mas não podemos parar aqui. Jesus também reconheceu os problemas
associados a essa crença, e para saber quais são temos que prosseguir na leitura.
PRINCÍPIO ESPIRITUAL: Os bons ouvintes fazem as pessoas serem melhores.
O PROBLEMA DE VER AS PESSOAS COMO BOAS
"Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros, os últimos."
Mateus 20:16
Tyler é um jovem executivo promissor com um brilhante futuro. É inteligente, tem
boa aparência e é ambicioso. Tyler se considera uma pessoa realizada por ser
independente e competente em tudo o que faz. Ele define força como autoconfiança,
até mesmo na presença de circunstâncias extremas.
Tyler procurou a terapia com a namorada porque ela achava que a relação dos dois
poderia se beneficiar com um aconselhamento. Ele não julgava precisar do
tratamento, mas estava sempre aberto a aprender como poderia ser mais eficiente
na vida. "Estamos aqui apenas para um pequeno ajuste" - ele me avisou. "Não estou
interessado em um processo longo e arrastado para discutir o que sinto com relação
à minha mãe ou qualquer coisa desse tipo." Tyler não gostava de olhar para trás
porque se via sempre avançando, e discutir o passado lhe parecia inútil.
Tyler encarava o relacionamento com a namorada como uma tentativa de formar
uma parceria. Estava disposto a investir no relacionamento, mas somente se
obtivesse um retorno aceitável do investimento. Não queria alguém que dependesse
dele; desejava uma parceira cuja contribuição fosse igual à dele.
—Os papéis tradicionais podem ter funcionado nas gerações passadas, mas é
impossível vencer na vida hoje em dia se não estivermos dispostos a passar algum
tempo sem ter filhos, com os dois trabalhando. Somos duas pessoas progressistas e
é isso que dá certo conosco - insistia Tyler.
Eu sabia que os casais que fazem esse tipo de opção conseguem ter uma vida
financeiramente bem mais folgada do que as famílias em que somente um dos