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P CAPÍTULO 8
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Conhecendo o seu inconsciente
"A vós foi dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não. A quem
tem será dado, e terá em abundância; mas de quem não tem, até mesmo o que tem
será tirado. Eis por que lhes falo em parábolas: para que, olhando, não vejam e,
ouvindo, não escutem nem compreendam. E neles se cumpra a profecia de Isaías,
que diz: 'Ouvireis com os ouvidos e não entendereis, olhareis com os olhos e não
vereis.”
Mateus 13:11-14
Podemos olhar diretamente para as pessoas sem vê-las, ou ouvir as pessoas
falarem, mas não escutá-las. Jesus sabia que forças fora da nossa percepção
consciente atuam na nossa mente, freqüentemente impedindo que lidemos com as
coisas que estão bem na nossa frente. Ele conhecia este aspecto da mente humana
que hoje chamamos de inconsciente.
O inconsciente é uma maneira de descrever o modo como a mente filtra o
pensamento. É o jeito que a nossa mente tem de evitar que pensemos a respeito de
tudo de uma vez só. Como não podemos lidar com tudo de uma única vez, não
podemos estar plenamente conscientes de tudo o que se passa na nossa mente em
um determinado momento. O problema não é o fato de a nossa mente operar
inconscientemente e sim de não termos consciência disso.
Trabalhamos os nossos assuntos inacabados no inconsciente. Questões
problemáticas ou não resolvidas do passado ficam armazenadas no inconsciente e
são freqüentemente revisitadas. Sem perceber, ficamos repetindo o passado na
tentativa de corrigi-lo. Por isso é importante conhecer o inconsciente. Sem essa
percepção, "estaremos sempre ouvindo, mas nunca entendendo", porque algumas
coisas muito importantes que precisamos compreender estão ocultas no nosso
inconsciente. 1
SOMOS CRIATURAS DE HÁBITOS
"...vós vos apegais às tradições dos homens."
Marcos 7:8
Miguel concordou em procurar o aconselhamento conjugai com Adrienne após anos
de insistência da parte dela. Adrienne queixava-se de que Miguel era muito exigente
e crítico. Ele só se dispôs a vir às sessões para agradá-la. Ambos encaravam o
próprio casamento como "tradicional", porque apenas Miguel trabalhava fora e
Adrienne havia optado por ficar em casa com as crianças. Adrienne estava contente
com essa situação, mas se ressentia com a atitude controladora de Miguel. Parecia
que ele queria impor a ela e às crianças a forma de viver com que fora criado, e
Adrienne estava achando o jeito do marido autoritário e humilhante.