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P         estimulando o   crescimento delas. A sua capacidade de acolher tornou-se a marca
          P

                  registrada da sua presença benéfica que era sentida por todos que o encontravam.




                  PRINCÍPIO ESPIRITUAL: A identidade de uma criança forma-se mais no coração do
                                                       que na cabeça.







                      O PAPEL DOS SENTIMENTOS NA NOSSA CONEXÃO COM OS OUTROS



                                     "Felizes os puros de coração, pois verão a Deus."
                                                   Mateus 5:8 (Living Bible)



                  Jesus ensinou que as pessoas espiritualizadas relacionam-se de coração para
                  coração. O entendimento emocional cria um vínculo. Nós nos sentimos aprovados
                  quando os outros concordam intelectualmente conosco, e somos confortados
                  quando eles nos protegem fisicamente, mas só nos sentimos ligados quando
                  compartilhamos com eles experiências emocionais. Os puros de coração têm uma
                  conexão especial com Deus não apenas porque são sinceros, mas também por
                  causa da sua capacidade de saber claramente como se sentem.
                  Sandra e Ben procuraram o aconselhamento matrimonial por causa de um dos
                  problemas mais      comuns que encontro hoje nos casamentos: a comunicação
                  emocional deficiente. Antes do casamento, ambos eram profissionais de nível
                  superior com uma carreira de sucesso. Quando começaram a formar a família,
                  decidiram de comum acordo que Sandra deixaria seu trabalho e ficaria em casa para
                  cuidar das crianças. Eles estavam felizes com essa decisão, satisfeitos com o
                  dinheiro que Ben trazia para a família e contentes com o desempenho dos filhos. O
                  que não agüentavam mais eram as brigas constantes entre eles.
                  Sandra e Ben não conseguiam resolver as discussões porque não compreendiam a
                  importância das emoções. Tanto Sandra quanto Ben achavam que seriam capazes
                  de negociar as divergências no relacionamento seguindo as mesmas regras que
                  haviam usado com sucesso        nas respectivas carreiras. Infelizmente, as normas do
                  trabalho não são iguais às regras do lar. Não são os procedimentos que devem ser
                  examinados, mas as razões que os provocam. A maneira como os parceiros falam
                  um com o outro é tão importante quanto o tema da conversa.
                  Em casa, Sandra tentava conversar com Ben sobre uma preocupação que estava
                  lhe causando um dos filhos. Ben dava uma interpretação superficial e sugeria que
                  eles passassem a adotar uma mudança de comportamento. Esta resposta fazia
                  Sandra se sentir menosprezada, reproduzindo uma sensação de sua infância e
                  adolescência. Por isso, ela discordava do marido. A atitude dela, por sua vez,
                  colocava Ben na      defensiva, pois fazia-o lembrar das críticas constantes que
                  recebera devido ao perfeccionismo do pai. Ele então defendia com mais intensidade
                  a sua posição. Essas discussões quase sempre terminavam da mesma maneira. Um
                  dos dois levantava as mãos desgostoso e dizia abruptamente: "Tudo bem! Então
                  faça como você quiser!" e marchava com passos pesados para fora do quarto. Neste
                  processo, o casamento ia se desgastando.
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