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P Nunca me esquecerei do momento em que vi meu filho pela primeira vez. "Milagre"
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ainda é a minha palavra predileta para descrever a experiência. Quando segurei
meu filho nos braços minutos depois do parto, embora estivesse fatigado e sob
tensão, notei que alguma coisa estava acontecendo entre Brendan e eu quase
instantaneamente. Havia um movimento mútuo na direção um do outro. Meu filho e
eu estávamos começando um relacionamento.
Sei que não posso perguntar a Brendan o que ele sentiu durante o nosso primeiro
encontro na sala de cirurgia, mas certamente conheço a experiência pela qual
passei. Acredito que tive um vislumbre da imagem de Deus na Terra. Tive a
sensação fortíssima de estar vendo em alguém que só tinha seis minutos de vida a
capacidade inata de estabelecer um relacionamento que existe dentro de cada ser
humano. A partir do nosso primeiro alento na vida, buscamos um relacionamento
com alguém fora de nós mesmos. Nascemos para nos relacionar, e este é o nosso
aspecto divino. Aquele momento me marcou profundamente e nunca esquecerei
como é poderoso ter um relacionamento de amor com o meu filho. Foi assim que
fomos criados para ser e nenhum substituto para esse tipo de amor jamais poderia
tomar o lugar dele.
Jesus conhecia o ensinamento do Antigo Testamento: "Não farás para ti ídolos com
a forma de qualquer coisa que exista em cima, nos céus..." (Êxodo 20:4.) Ele falou
do ciúme de Deus, não no sentido da insegurança por medo de perder o seu valor
para outra pessoa. Deus quer proteger o mundo do jeito como o criou e fica
indignado diante das tentativas de alterar a ordem natural do universo.
Jesus ensinou que a imagem visível de Deus na Terra não é uma coisa ou um objeto
e sim a capacidade criativa de se relacionar. Deus fica indignado com a idolatria
porque ela é uma tentativa de substituir a capacidade divina amorosa dentro de nós
por uma "coisa". Ele nos conferiu a capacidade essencial de nos relacionarmos uns
com os outros e com ele. Por conseguinte, a imagem de Deus na Terra não é um
objeto que um dia degenerará e será destruído, mas a capacidade eterna de se
relacionar que transcende o tempo.
PRINCÍPIO ESPIRITUAL: Amar os outros é a expressão visível de Deus.