Page 129 - O vilarejo das flores
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Aimeé animando-se.
—Essa é a Aimeé que eu conheço. Não sei o que você vai fazer, mas
moro numa pensão no final do vilarejo, na pensão da dona Anna.
—Dona Anna! - Exclamou Aimeé- Lembra que nos dias de frio, ela
nos deixava comer queijo quente perto da lareira?
—Lembro. - Disse Sancler sorrindo com um traço de tristeza- Bem,
qualquer coisa, pode me procurar.
Sancler despediu-se de Aimeé e esta resolveu procurar
Francis no vilarejo onde ele morava. Correu ansiosa pensando como
seria quando o encontrasse: “O que direi? Faz tanto tempo. Será que
o pai dele está em casa? ”
Na entrada do vilarejo, Aimeé parou com um misto de
surpresa e desapontamento. Percebeu que tudo estava diferente.
No lugar da pobreza estava a prosperidade. Os casebres tinham se
transformado em bonitas casas, até o semblante das pessoas era de
otimismo, muito diferente do que ela tinha visto.
Andando, deparou-se com a antiga casa de Francis. Nem
parecia a mesma. Estava reformada e não havia sinal de Francis ou
dos irmãos. Uma mulher varria a escada da entrada, enquanto os
filhos brincavam. Aimeé chegou perto e cumprimentou:
—Boas!
—Boas! - Respondeu a mulher.
—A senhora sabe sobre os donos antigos desta casa? - Perguntou
Aimeé.
—Não sei. Meu esposo que sabe quem é.
—Ele está em casa?
—Não. Ele só volta em duas semanas.
—Está bem. Obrigada. - Agradeceu Aimeé sem entusiasmo.
“E agora? O que vou fazer? Será que ele foi embora? ” Perguntava-se
Aimeé aflita.
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