Page 125 - O vilarejo das flores
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—Estou quase acabando aqui. Vou deixar você no quarto que estou
dormindo para você descansar. No quarto tem frutas e pão. Pode
comer à vontade. Assim que terminar vamos sentar e conversar.
Aimeé se dirigiu ao quarto e esperou por Sancler. Este voltou ao
anoitecer e levou Aimeé a uma taberna para jantarem. Ao sentar ele
disse:
—Aimeé. Sou seu amigo, amo você, mas eu preciso saber o que
aconteceu. Preciso saber se eu mato o sujeito que fez isso ou se eu
dou parabéns a ele por ter a mulher mais maravilhosa de todas. -
Brincou Sancler
—Só você para me fazer rir agora! Bem -suspirou Aimeé- Não era
para ter acabado desse jeito. Lembra-se dos cavalos selvagens?
-Meu Deus! Cavalos? O que você anda fazendo Aimée?- Brincou
Sancler
—Sancler! -Exclamou Aimeé rindo-É sério. Esse rapaz que levou os
cavalos...nós nos apaixonamos...
Aimeé contou sua história, e Sancler ficou pensativo por um
momento, até que indagou.
—Você já pensou na hipótese desse rapaz não estar te esperando?
—Ele está. Eu sei que ele me ama.
—Se você diz... Bem, vamos dormir porque a viagem é longa. Vou
alugar outro quarto para eu dormir. Você pode ficar no que eu estava.
Até amanhã. -Disse ele acenando.
—Até amanhã. Sancler? – Chamou ela.
—O quê? – Perguntou ele voltando.
—Obrigada. – Disse ela meigamente.
—Não me agradeça ainda. Eu não fiz nada. – Respondeu ele contendo
a emoção.
Os dois foram descansar. Aimeé ficou pensativa no que
Sancler disse sobre Francis não está esperando. “Claro que está me
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