Page 122 - O vilarejo das flores
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Bibiana estava cansada de esperar e por isso começou o
assunto.
—Soube que uma prima minha distante vai se casar nos próximos
dias.
Francis percebeu a intenção e comentou:
—É mesmo? Ela deve estar muito feliz.
—Ela está radiante. Perguntou-me se eu tinha novidades, mas eu
disse que não tinha nenhuma.
Francis ficou ouvindo tudo pensando se àquilo seria um
sinal. Mesmo que não fosse, ele não teria como fugir dessa situação.
Não poderia comprometer a honra de Bibiana, por isso interrompeu
Bibiana e a trouxe para dentro para acomodá-la na cadeira. Os pais
dela se assustaram.
—O que houve? - Perguntou Daelia aflita.
—Não houve nada. – Acalmou Francis – Por favor, sentem-se.
Todos se sentaram com os olhares espantados. Bibiana estava
assustada pensando que tinha ido longe demais com seu comentário.
—Senhor, senhora - continuou Francis – Quero pedir a mão de sua
filha.
A mãe e o pai de Bibiana levantam-se na mesma hora para
felicitar o noivo. Bibiana não se continha em alegria. A notícia
correu rápido pelo vilarejo. Agora o assunto mais comentado era o
casamento de Bibiana.
Na casa de Moira, Aimeé nem sabia o que a esperava. No dia
combinado o rapaz que levava legumes para o vilarejo apareceu na
quitanda e Moira e Aimeé o aguardavam.
—Boas! -Cumprimentou o carroceiro.
—Boas Nestor! -Disse o dono da quitanda- Essas senhoras podem
falar com você?
—Senhoras, em que posso ajudar? Se quiserem legumes fresquinhos
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