Page 135 - O vilarejo das flores
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segunda vez. “Isso não pode ser um sinal de que meus pais estavam
        certos? Será que tudo que eu acreditava não valeu de nada? Onde

        está Minha Grande Mãe?” Pensava ela:
        —Você sabe...não vejo outra opção. Se seus pais souberem...-
        continuou Bibiana friamente.
        —Eles sabem...

        —Sabem? -Repetiu Bibiana atônita- Mas...
        —Eles sabem e não querem. Também queriam que eu tirasse, mas
        eu fugi.
        —Se quiser eu mando chamar o médico que faz esse procedimento?

        Não demora nada. Coloco você numa casa de campo nossa e depois
        de alguns meses, pode voltar para sua casa como se nada tivesse
        acontecido. Agora não, mas você verá que essa é a melhor decisão.
        Como que você explicaria essa criança sem pai? Não seria bem vista.

        Com um filho bastardo, vocês se tornariam párias. Essa criança não
        teria futuro, ainda mais se for menina.
               Confusa e sem ação Aimeé ouvia Bibiana. Fragilizada pela
        gravidez e pela situação.  “Como ela podia falar nisso? Sua melhor

        amiga? ” Nem sabia mais o que era amizade. Nem amor. Porque
        Deus estava punindo-a? Perguntava-se. Ficou pensativa olhando
        para o chão.
        —Não me diga que está pensando em contar para o Francis? - Bibiana

        antecipou-se temerosa.
        —O que? -Perguntou Aimeé saindo do transe.
        —Amiga, sei que você acha que se contar, ele voltará para você e
        ficarão felizes. Mas a realidade é outra. Não quero te ver humilhada

        Aimeé.
        —Porque humilhada?
        —Há dois meses, apareceu uma moça, do vilarejo da colina,
        dizendo-se grávida dele. Ele simplesmente não deu atenção à moça

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