Page 25 - O vilarejo das flores
P. 25
—É. Eu também tenho que voltar ao trabalho. Você voltou ao vale
depois daquele dia?
—Voltei ontem. Fiquei um tempo sem ir, porque estava ajudando na
ornamentação do festival - disse ela - A família de cavalos não está
mais lá. Foram para o outro lado.
—Eu sinto muito. - lamentou ele sentindo-se mal.
—Não sinta.
—Quando você vai vê-los de novo?
—Amanhã, provavelmente, depois do almoço.
—É perto da cachoeira? - perguntou ele interessado.
—É perto. Tem que passar pelos lírios selvagens para chegar.
-Eu conheço o caminho. Posso te encontrar lá amanhã depois do
almoço?
—Por quê? - perguntou ela desconfiada.
—Gostaria de conversar contigo. - respondeu ele ansioso.
—Conversar? – disse ela pensando em um desculpa, mas não
conseguiu nenhuma - Tudo bem. - respondeu sem jeito.
—Até amanhã, então. – despediu-se ansioso.
—Até. - dizendo isso, Aimeé saiu olhando para o chão, envergonhada.
Aimeé ficou se perguntando o dia todo: “Por que eu aceitei?
Eu não vou. Conversar? O que ele quer conversar comigo?”.
Francis voltou para a barraca e passou o restante da manhã
feliz da vida vendendo seus biscoitos. Foi para casa de muito bom
humor, mas ele mesmo não se deu conta. Os irmãos estranharam seu
bom humor e questionaram o motivo.
—Francis o que aconteceu na feira? - perguntou Febo, o terceiro
irmão.
—Como assim o que aconteceu? - perguntou ele deitado no chão
com um sorriso estampado no rosto.
—É que você está de bom humor. Muito bom humor! - comentou
24