Page 27 - O vilarejo das flores
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pois ele sempre esperava tudo acabar, para prepararem o almoço
        juntos. Quando os meninos chegaram, a comida já estava pronta e

        Francis acabava de devorá-la sob o olhar perplexo dos irmãos. O pai
        retornou à casa novamente perguntando pelo almoço. Francis estava
        de saída e isso despertou a sua curiosidade.
        —Aonde você vai?

        —Vou sair. - respondeu ele sério calçando o sapato.
        —Vai sair para aonde? - inquiriu o velho bêbado.
        —Estou indo. Hoje é a sua vez de lavar a louça Fidelius. Firenze,
        faça todos tomarem banho, inclusive você. Aprontem as coisas para

        amanhã. Cuidem de tudo que mais tarde eu volto. – dizendo isso,
        saiu ignorando a pergunta do pai.
        —Volte aqui! Vocês sabem aonde esse inútil vai? - perguntou o velho
        olhando para os filhos.

               Os meninos saíram de fininho, cada um com seu prato de
        comida para não responderem ao pai.
               Francis saiu apressado na direção do vale, estava tão ansioso
        que transpirava em demasia. Chegou esbaforido e viu a tropa de

        cavalos selvagens pastando, mas nada de Aimeé. Por um instante a
        ansiedade deu lugar à frustração. “E se ela não aparecer?” Pensou.
        Andava  de  um  lado  a  outro  se  perguntando  o  que  poderia  ter
        acontecido. “Fiz papel de bobo.” Pensava consigo. “Uma garota rica

        vir conversar com um pobretão? Que idiot...”.
        —Boa tarde. - cumprimentou Aimeé atrás dele.
               Francis  sentiu  com  a  brisa  uma  fragrância  de  lírios  junto
        com o cumprimento. Ficou olhando para ela em transe. Aimeé ao

        encontrar os olhos dele, abaixou a cabeça.
        —Você estava engraçado correndo de um lado para o outro. - brincou
        ela levantando a cabeça e sorrindo.
        —Você me viu? - indagou ele saindo do transe.

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