Page 93 - O vilarejo das flores
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gritou Brígida.
—Não é possível que você não entenda ainda mãe? Nós nascemos
um para o outro. Ninguém pode nos separar. – falava Aimeé com
um tom de histerismo.
—Como é boba, ingênua! - Berrava Brígida sentindo a raiva crescer-
Ele se aproveitou de você porque nós temos dinheiro Aimeé. Ele
deve ter feito isso com várias bobonas iguais a você.
—Não mãe! -gritava Aimeé- Se tem alguém aqui que é boba, é você!
Você não acredita nas pessoas, só naquelas que tem dinheiro. Você
disse para eu ser boa com todos, mas era só para ser boas com as
pessoas que você conhece. Sinceramente...
—Cale-se!- gritou Brigida – Você perdeu o juízo! O que esse rapaz
fez com você, minha filha?
—Ele me ama, ele me amou do único jeito que um homem pode
amar uma mul...
Brigida, sem pensar deu um tapa na filha, que rolou da cama
para o chão. Aimeé começou a chorar no chão e Noeli foi ajudá-la.
Brígida saiu do quarto desnorteada. Noeli ajudou Aimeé e foi atrás
da sobrinha.
—Querida, acalme-se. - disse Noeli.
—Ela ainda pensa em voltar para esse canalha que nos desgraçou a
vida. – lamentava Brigida.
—Vamos jantar, querida. - Noeli abraçou Brígida e a levou para baixo
para o jantar. Os corações de mãe e filha estavam despedaçados.
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