Page 59 - Portifólio Final - Caso 5
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Klein e Santiago (2003) afirmam, e Spanemberg e Juruena (2004) confirma,
que a distimia é duas vezes mais comum em mulheres do que em homens,
principalmente em mulheres solteiras. Muitas vezes desencadeada na infância por
abusos, ou por perdas significantes (KLEIN; SANTIAGO, 2003). Patel e Rose (2019)
indicam vários fatores de risco para o transtorno depressivo persistente, incluindo
genética, epigenética, doenças mentais anteriores, neuroticismo, estados de
ansiedade elevada, saúde psicológica, valorização pessoal, trauma, estresses
cotidianos e determinantes sociais de saúde.
Analisando o contexto da Sra. Maria, considera-se fator de risco presente
conhecido o estado de ansiedade elevado – constatado na anamnese e pelas
manifestações de sintomas ansiolíticos, característica da comorbidade da distimia – e
o trauma, podendo ter origem nos seus pais, primos ou relacionamentos amorosos.
Uma das características de pacientes distímicos é a sensibilidade ao ambiente,
reduzindo a sua qualidade de vida por eventos de estresse indesejados (WU et al.,
2013). Por isso, Spanemberg e Juruena (2004) afirma que quando casadas, essas
pessoas possuem relacionamentos complicados. Também são poli queixosas e
insatisfeitas com a vida. Esta informação condiz com a história referida por Sra. Maria
e seus relacionamentos, nos levando a acreditar do acometimento da distimia
previamente aos seus relacionamentos.
Fonte: Fleck et al. (2009, p. 59).