Page 110 - Fortaleza Digital
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um serviço de escort.
      Houve uma pausa na linha.
      - Ah... Entendo. Desculpe. Alguém anotou este número, e eu achei que poderia
      ser um hotel. Estou de passagem, vindo de Burgos. Bem, perdoe-me por
      incomodá-lo. Boa...
      - Espere! - O señor Roldán não podia deixar passar uma oportunidade, ele era
      um vendedor por natureza. Seria uma indicação? Um novo cliente vindo do
      norte? Ele não podia deixar que uma pequena paranóia estragasse uma venda em
      potencial.
      - Amigo - disse Roldán apressadamente, no tom de voz tipicamente animado dos
      vendedores -, achei que tinha reconhecido um leve acento de Burgos em você.
      Eu sou de Valência. O que o trouxe a Sevilha?
      - Vendo jóias. Pérolas de Mallorca.
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      - Mallorca! Mas que ótimo! Você deve viajar muito. A voz tossiu do outro lado.
      - Sim, viajo bastante.
      - Está em Sevilha a negócios? - Roldán tentou puxar conversa. Esse cara com
      certeza não era da Guardia. Era um cliente com C maiúsculo. - Deixe-me
      adivinhar: foi um amigo que lhe deu nosso número? Ele disse para nos ligar
      quando estivesse em Sevilha) é isso?
      - Não, não é bem isso. - A voz estava claramente constrangida.
      - Não seja tímido, señor. Somos um serviço de escort, não há do que se
      envergonhar. Temos garotas adoráveis que lhe farão companhia durante um
      jantar... é só isso. Quem lhe deu nosso número? Talvez seja um de nossos clientes
      assíduos. Posso lhe oferecer um preço camarada. A voz pareceu um pouco
      agitada.
      - Bem... Para ser sincero) não me deram esse número. Eu o encontrei dentro de
      um passaporte e estou tentando localizar o seu dono. O entusiasmo de Roldán se
      esvaziou. Este homem não era um cliente, no final das contas.
      - Você encontrou o número, é isso?
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