Page 115 - Fortaleza Digital
P. 115
horas.
- Alguma novidade do tracer? Estou me sentindo inútil.
- Até agora nada. Notícias de David?
Strathmore balançou a cabeça.
- Pedi que ele não me ligasse até que estivesse com o anel.
- Por que não? E se ele precisar de ajuda? - Susan pareceu surpresa. Strathmore
olhou-a, indiferente.
- Não posso ajudá-lo daqui, ele vai ter que resolver as coisas sozinho. Além disso,
prefiro não falar em linhas não-seguras só para garantir que não há ninguém
monitorando a conversa.
Susan arregalou os olhos, preocupada.
- O que isso quer dizer?
Strathmore fez uma cara simpática, desculpando-se, e deu um sorriso
tranqüilizador.
- David está bem. Estou apenas sendo precavido. A uns 10 metros de distância,
ocultado pelo vidro espelhado do Nodo 3, Greg Hale estava de pé em frente ao
terminal de Susan. A tela estava preta. Hale olhou para o comandante e para
Susan e depois pegou sua carteira. Tirou dela um pequeno cartão e leu o que
estava escrito. Após olhar outra vez para fora, para ter certeza de que Strathmore
e Susan continuavam conversando, ele digitou cuidadosamente cinco caracteres
no teclado de Susan. Um segundo depois o monitor deu sinal de vida.
É isso aí, ele sorriu, maliciosamente.
Roubar os códigos pessoais do Nodo 3 havia sido simples. Naquela sala, cada um
dos terminais possuía um teclado idêntico e removível. Hale simplesmente levou
o seu para casa uma noite e instalou um chip que registrava cada tecla
pressionada no teclado. Depois, chegou mais cedo, 124
trocou seu teclado modificado pelo de outra pessoa e esperou. No final do dia,
trocava os teclados de volta e verificava os dados registrados pelo chip. Apesar
de haver dezenas de milhares de teclas pressionadas, encontrar o código era
simples. A primeira coisa que cada criptógrafo fazia pela manhã era digitar o
código pessoal que desbloqueava seu terminal. Isso, é claro, tornou o trabalho de