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      CAPÍTULO 31
      Susan retornou ao Nodo 3. Depois da conversa com Strathmore, ela ficou ainda
      mais preocupada com a segurança de David. Não parava de imaginar coisas
      terríveis.
      - Então, o que é que Strathmore queria? Uma noite romântica a sós com a chefe
      da Criptografia? - exclamou Hale de seu terminal. Susan ignorou o comentário e
      sentou-se diante do terminal. Digitou seu código pessoal e olhou para a tela. O
      programa tracer foi exibido. Ainda não havia retomado nenhuma informação
      sobre North Dakota. Droga, pensou Susan. Por que está demorando tanto?
      - Você me parece tensa - disse Hale, inocentemente. - Algum problema com seu
      diagnóstico?
      - Nada sério - respondeu ela. Mas Susan tinha suas dúvidas. O tracer estava
      demorando muito mais do que o esperado. Ficou pensando se tinha cometido
      algum erro no programa. Começou a analisar as longas linhas de código LIMBO
      na tela, procurando alguma coisa que pudesse estar atrasando a operação.
      Do outro lado da sala, Hale a observava com ar arrogante.
      - Eu estava querendo te perguntar uma coisa. O que você acha daquele algo
      ritmo inquebrável que Ensei Tankado disse estar escrevendo?
      O estômago de Susan deu um nó.
      - Algoritmo inquebrável? - tentou controlar-se. - Não sei... Acho que li alguma
      coisa a respeito.
      - É uma alegação impressionante.
      - Com certeza - respondeu Susan, pensando por que Hale havia abordado esse
      assunto subitamente. - Pessoalmente, não acredito muito nisso. Todo mundo sabe
      que um algoritmo inquebrável é uma impossibilidade matemática.
      Hale sorriu.
      - É... o Princípio de Bergofsky.
      - Isso e um pouco de senso comum também - completou ela. 130
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