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Hale trivial: o código pessoal sempre aparecia como os cinco primeiros
      caracteres da lista. Não deixava de ser irônico, pensou Hale, enquanto olhava
      para o monitor de Susan. Ele havia roubado os códigos só por diversão, mas
      agora estava feliz por ter feito isso. O programa na tela de Susan parecia
      importante.
      Hale olhou para ele por algum tempo. Estava escrito em LIMBO, que não era
      uma de suas especialidades. Bastava olhar para o código, contudo, para saber
      uma coisa: aquilo não era uma rotina de diagnóstico. Na verdade, ele entendia
      apenas duas palavras, mas já
      bastava.
      TRACER: PROCURANDO...
      - Um tracer? - disse em voz alta. - Procurando o quê? - Hale sentiu-se
      desconfortável. Sentou-se e pensou um pouco sobre o que havia na tela de Susan.
      Então decidiu o que fazer.
      Hale entendia o suficiente sobre a linguagem de programação LIMBO
      para saber que ela se baseava fortemente em duas outras linguagens, C
      e Pascal. Essas duas ele conhecia bem. Após olhar mais uma vez para ter certeza
      de que Strathmore e Susan continuavam conversando lá fora, decidiu improvisar.
      Digitou alguns comandos modificados de Pascal e apertou ENTER. A tela de
      status do programa respondeu exatamente como ele havia esperado.
      TRACER: CANCELAR?
      Rapidamente digitou: SIM.
      VOCÊ TEM CERTEZA?
      Novamente: SIM.
      O computador emitiu um bipe e mostrou a mensagem:
      TRACER CANCELADO
      Hale sorriu. O terminal acabara de enviar uma mensagem dizendo para o tracer
      de Susan que se auto destruísse naquele momento. Seja lá o que for que ela
      estivesse procurando, teria que esperar. 125
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