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Em relação aos setores, ele destaca país, trazendo mais clareza e sim-
que os serviços, caracterizados por plificação, sobretudo para setores
uma atividade econômica que se de- co mo o agronegócio e a indústria.
senvolve em menor número de eta- Outro ponto relevante é o fim da li-
pas, terá uma tributação maior. “Os tigio si dade que existe no país hoje,
demais setores, seja agrícola (que con- decorrente da confusão sobre o que
seguiu muitos benefícios), seja o in- é mercadoria e o que é serviço. “Essa
dustrial, vão ter uma tributação que divisão será extinta”.
talvez até seja menor do que a atual”. O professor também salienta que a
transição prevista (confira as fases
Planejamento na transição na seção Painel ) não será abrupta,
“A reforma tributária está em linha mas é importante que as empresas já
com o mercado internacional, com comecem a se preparar para as no-
a América Latina e principais parcei- vas regras. “Considerando que algu-
ros comerciais, com a Organização mas alterações práticas vão ocorrer
para a Cooperação e Desenvolvi- em 2026, existem algumas mudan-
mento Econômico (OCDE)”, demons- ças de planejamento estratégico de
tra o professor permanente no Dou- empresas que vão começar a ocorrer
torado e Mestrado do Programa de a partir de agora, porque muitas or-
Pós-Graduação em Direito (PPGD) da ganizações projetam investimentos
Pontifícia Universidade Católica do para cinco anos ou com prazos ainda
Rio Grande do Sul (PUCRS), Paulo Ca- mais longos”, argumenta. Além dis-
liendo. “O Brasil quer entrar na OCDE so, haverá dois sistemas vigentes no
e, para isso, tem que ter um alinha- início, o que vai exigir atenção no
mento internacional”. processo de adaptação. A recompen-
Caliendo avalia que o novo sistema sa será a tão esperada simplificação
vai favorecer a competitividade do e melhoria da competitividade.
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