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gestão de pessoas
O conhecimento desenvolvido pelos colaboradores é um dos maiores
ativos intangíveis de qualquer negócio. Esse aprendizado vem tanto
da prática profissional quanto dos treinamentos, capacitações e até
mesmo da troca de experiências entre as pessoas que atuam na em-
presa. O problema é que nem sempre essa riqueza é vista ou mesmo
lapidada. Perder isso é pior do que ver talentos deixarem a empresa.
O desenvolvimento não precisa ser realizado por meio de altos inves-
timentos financeiros; ele pode acontecer por meio de práticas simples,
como feedbacks constantes, rodas de conversa e a integração dos
conhecimentos adquiridos. “É tudo o que ajuda o colaborador a se
desenvolver profissionalmente”, descreve a diretora da Associação
Brasileira de Recursos Humanos do Rio Grande do Sul (ABRH-RS)
e sócia da Venant Desenvolvendo Pessoas e Times, Graça Costi.
Quando esse processo de aprendizagem não é tratado como prio-
ridade, as consequências não demoram a aparecer: queda de
desempenho, rotatividade e perda de talentos. E valorizar as opor-
tunidades de desenvolvimento não tem a ver apenas com o co-
nhecimento que é proporcionado às pessoas, mas também com
a forma como a empresa absorve isso. Ou seja, o aprendizado
tem que ser exercitado, dividido e trazido tanto para os processos
quanto para a cultura organizacional.
Para ser efetivo, o desenvolvimento precisa estar alinhado às ne-
cessidades reais da empresa. “Vejo muito modismo e pouca efetivi-
dade”, observa Costi, citando que é comum que as empre sas façam
grandes investimentos em projetos com a finalidade de desenvol-
ver pessoas, sem, no entanto, ver os resultados. Isso quando o
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