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Pronta pra outra


             Pessoalmente, posso repartir este segundo confinamento em três fa-

          ses distintas.

             Escolhi esta primeira imagem para representar a primeira fase: toda a
          ansiedade que sentia para que voltássemos para casa. A partir do mo-
          mento em que soube que havia a possibilidade de voltarmos a confinar,
          a ideia de ficar em casa vivia na minha cabeça. Nunca fui uma pessoa
          que gostasse muito de socializar. Não me considero antipática, de todo,
          mas a escola sempre foi um ambiente que me deixa extremamente des-
          confortável. Por essa razão não tenho qualquer problema em admitir

          que prefiro estudar em casa.                                             https://weheartit.com/entry/9607562

              Esta segunda imagem representa a adaptação a esta nova rotina, foi
          aquilo a que chamei a “fase turbilhão”.

              Apesar de já termos confinado o ano passado, a pressão que os mei-
          os de informação, os professores e familiares me colocavam levou-me a
          assumir uma posição mais séria como se: “Ok, isto é a sério desta vez”.

          Dias preenchidos de manhã à noite, com escola de manhã, dança à tar-
          de, ambos os ensinos feitos à distância, cada vez mais pressão para ser
          bem sucedida em ambos, mudar três vezes de casa (mãe, avós, pai)…
          No meio de tudo isto era impossível focar-me em qualquer coisa que me
          trouxesse prazer. Deixei de lado pintura, escrita, livros... substitui tudo
          por trabalhos, aulas e mais aulas e todas as obrigações extra que tam-
          bém a dança traz. Não estou a dizer isto como se a minha obrigação          https://palavramansa.blogspot.c
          não fosse isso mesmo, mas eu acredito no equilibro e a “fase turbilhão”     om/2017/09/o-que-voce-
                                                                                      faz.html
          foi tudo menos equilibrada.


              E finalmente a terceira fase.

              Aquela em que nos encontramos agora. Escolhi esta imagem pois
          penso que nenhuma outra representaria melhor o meu desenvolvimento
          pessoal. E como há ́  males que vêm por bem, nem tudo foi mau. Tudo o
          que estamos a passar agora está subtilmente a deixar-nos mais fortes.
          Posso tirar de bom, desta experiência, o aumento da minha capacidade
          de organização, o desenvolvimento da minha criatividade, a capacidade

          de perseverança, mesmo quando desistir parece tentador.

              Resumindo, estou pronta para outra!


                                                   Carolina Inácio, n.º 4, 11.º LH2   https://www.flickr.com/photos/be
                                                                                     n_giles/34373356580







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