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Educação
Além de ser um modo de receber e ser recebido, o acolhimento é um local em
que se busca abrigo, seguro e empático. Nesse sentido, o acolhimento socioemocional não
é realizado apenas no período de adaptação, mas é um movimento contínuo, que perpassa
todos os momentos de interação, de escuta e de apoio.
Na cartilha da Política Nacional de Humanização (2013, p. 6), o acolhimento é
definido como “reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessidade de
saúde”.
[...] acolhimento é construído de forma coletiva, a partir da análise dos processos
de trabalho e tem como objetivo a construção de relações de confiança,
compromisso e vínculo entre as equipes/serviços, trabalhador/equipes e usuário
com sua rede socioafetiva. (BRASIL, 2013, p. 6 - 7).
De acordo com Matumoto (1998), olhar para o acolhimento significa olhar para
o encontro, para a relação que se estabelece, em que circunstâncias ocorre, em que local,
qual a finalidade e os resultados esperados. Ou seja, olhar para os fatos do cotidiano
buscando identificar os constituintes do acolhimento, os recursos existentes utilizados, para
que servem as ações executadas pelos profissionais e a quem elas favorecem.
Admite-se, portanto, o pressuposto de que o acolhimento é um processo, não
restrito a um espaço físico, nem a uma determinada pessoa. Ele é praticado por todos os
profissionais, no desenvolvimento de práticas individuais e coletivas. (MATUMOTO, 1998).
A partir disso, compreende-se que o retorno às aulas e às atividades
presenciais será desafiador para todos. Contudo, o acolhimento, o olhar atento e a escuta
podem colaborar sobremaneira, amenizando possíveis prejuízos e, com isso, auxiliando
no processo de retorno à convivência escolar.
Por essa razão, faz-se necessário olhar o processo de acolhimento em três
vertentes: o acolhimento dos profissionais, das famílias e das crianças.
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