Page 121 - Demolidor - O homem sem medo - Crilley, Paul_Neat
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Não. Esse é o jeito de entrar. Ele força a fechadura da janela. Trancada.
Não é problema. Pega o conjunto de gazuas que Stick lhe deu, abaixa-se e
lentamente desenrola a bolsa usada, apanhando dois tipos de ferramentas.
Insere a primeira, usando-a para segurar o mecanismo de bloqueio, e então
insere a segunda. Ele a move lentamente, sentindo a vibração pelos dedos,
ouvindo os estalidos do pequeno mecanismo.
Cinco segundos depois, abre a fechadura. Guarda as gazuas e calmamente
desliza a enorme janela, abrindo-a, e salta do beiral para dentro do quarto de
Elektra.
Fecha a janela atrás de si e faz uma pausa, absorvendo tudo. Pode sentir o
cheiro de sua presença como se ela estivesse no quarto com ele. A memória
de seu cheiro lhe mostra os movimentos dela, onde passa a maior parte do
seu tempo. É forte na cama. Na penteadeira também, onde ele se mistura
com o cheiro da maquiagem.
Vai até a lareira, as mãos percorrendo os inúmeros troféus. Natação.
Corrida. Karatê. Aikido. Kendo. Sempre o primeiro lugar.
A garotinha do papai sabe lutar.
Matt se sente ainda mais como um pervertido agora, então se encaminha
para a porta e gentilmente a abre. Pode ouvir os ruídos vindos de longe. O
gentil murmúrio de uma multidão falando e rindo. Música: um piano,
harpas. O tinido de copos e dos talheres.
Deve ser algo grande. Provavelmente para levantar fundos.
Matt entra no corredor. Um carpete grosso e caro sob os pés. Ele para. O
que vai realmente fazer lá? Não pensou nisso direito. Queria que Elektra
soubesse que não é um frouxo, mas não havia realmente pensado em como
faria isso. Talvez simplesmente devesse voltar para o quarto dela e escrever
algo no espelho com batom.
Obrigado pelo mergulho. Ou, Da próxima vez, eu dirijo.
É, ele gosta disso.
Quando está voltando para o quarto dela a fim de fazer exatamente isso,
ouve o som de garras no piso acompanhado por um rosnado.
Droga.