Page 150 - Demolidor - O homem sem medo - Crilley, Paul_Neat
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horrorizado para Larks, dá a volta na mesa, mas suas pernas cedem. Ele cai

                no chão e seu rosto colide com um barril vazio.
                  Larks se contrai ao som do dong vazio que ecoa pelo pequeno escritório.
                  – Valerio? – Larks o cutuca com a bota. Nada. Larks suspira e se inclina

                para baixo, usando as duas mãos para levantar Valerio.
                  Um longo caco de vidro está enterrado em sua cabeça.

                  – Valerio, seu bobinho. Isso foi descuidado.
                  A porta do escritório se abre e o barman entra. Ele congela no meio do

                passo  ao  ver  o  corpo  no  chão  e  Larks  se  inclinando  sobre  ele.  Larks  se
                endireita e agarra o garoto, puxando-o para dentro e batendo a porta.

                  Ele sorri.
                  – Não é tão arrogante agora, não é? – ele diz, enquanto saca sua adaga.

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                  Larks  dá  sorte.  Tanto  Beaks  quanto  Cassano  estão  passando  a  noite  no
                Cassino Empire Resorts, uma pequena franquia operada pelo próprio Beaks.

                  Larks se aconchega em seu casaco, observando o cassino das sombras de
                um  beco  do  outro  lado  da  rua.  Luzes  de  neon  roxas  e  azuis  bruxuleiam,

                iluminando os clientes que entram e saem das portas escuras.
                  Ele  espera  até  que  fique  tarde,  até  que  não  haja  mais  do  que  alguns
                clientes  lá  dentro.  Estremece  e  olha  para  o  céu.  Nuvens  carregadas  se

                movem para tornar invisíveis as frágeis estrelas do inverno. Logo vai nevar
                de novo. Ele deve acabar rápido com isso.

                  Pega a bolsa de couro aos seus pés e atravessa a rua, entrando no beco ao
                lado  do  cassino.  Ele  não  precisa  arrombar.  Não  precisa  torturá-los  por
                informação.  Já  sabe  que  esses  são  os  dois  últimos  que  queriam  se  voltar

                contra Rigoletto. Assim que estiverem fora do jogo, Fisk pode vislumbrar
                um  novo  dia  com  um  grupo  de  leais  tenentes.  Um  novo  começo.

                Exatamente o que a organização precisa.
                  Larks para embaixo da primeira janela que vê e coloca a bolsa no chão.

                Ele a abre, tira duas garrafas cheias de gasolina, e as coloca contra a parede.
                Pega um isqueiro e acende o pedaço de pano enfiado na primeira garrafa.
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