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LOSURDO. PRESENÇA E PERMANÊNCIA

ziar qualquer construção coletiva, dispersando forças ao fragmentarem
a luta social. Daí a importância de nacionalizar o marxismo, sem retirar a
solidariedade aos povos, aclimatando-o e integrando-o aos acervos cul-
turais e históricos de seu determinado escopo territorial e nacional.
Em suma, o entrelaçamento entre a questão nacional-interna-
cional é parte da complexa teoria do conflito social (e da dinâmica da
luta de classes). A sinuosidade da questão nacional recoloca, em plena
era dita de “globalização” e de hagiografia liberal (LOSURDO, 2006), o
imperativo das lutas nacionais pelo desenvolvimento e pela soberania.
A amálgama dos processos emancipatórios é a questão nacional, sem
negligenciar as lutas de classes, e enquanto houver imperialismo. Do
contrário, o risco é subsumir a certo cosmopolitismo abstrato sem maior
consequência política. Em síntese, toda a obra de Losurdo dialoga, di-
reta e indiretamente, com a questão nacional a abordar anti-imperialis-
mo, anticolonialismo, intervencionismo, processos de desenvolvimento
etc. Nesse sentido, ela recupera e desenvolve a melhor tradição marxista
voltada a debater as questões nacionais na realidade contemporânea.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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