Page 35 - Competências Socioemocionais - E-book
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Diálogos com a BNCC




         Emanuelle Milek,

               Doutora em Educação pela Universidade Federal do Paraná - UFPR - Linha de Cognição, Aprendizagem e
          Desenvolvimento Humano (2018-2021); Mestre em Educação pelo Programa de Mestrado em Educação da Universidade
         Tuiuti do Paraná - UTP - Linha de Políticas Educacionais (2011); Especialista em Educação Especial e Inclusiva; Especialista
           em Pedagogia Empresarial e Educação Corporativa; Professora de Língua Portuguesa do Colégio Militar de Curitiba -
                   CMC; Coordenadora da disciplina de Língua Portuguesa do Colégio Militar de Curitiba - CMC.

                                                                          "Educar é um ato de persistir com delicadeza."

                                                                                               (Geraldo Peçanha de Almeida)

               Em se tratando de currículo, compreende-se que há uma sequência lógica de aprovação de dispositivos

    legais que, progressivamente, consolidou o que deve ser entendido como formação básica comum, assegurada

    pela aquisição de conhecimentos, explicitados nos objetivos de aprendizagem e nos direitos que definem as

    aprendizagens essenciais, incluídas nestas as atitudes, os valores e a cultura. No documento da Base Nacional

    Comum Curricular – BNCC, tem-se um norte, um sentido a ser buscado, não de forma rigorosa, como um


    "currículo único nacional", mas sim uma busca pelo respeito regional e particularidades locais (BRASIL, 2017).

               A legislação brasileira contempla diferentes aspectos que o projeto educacional brasileiro deve ter como

    princípios orientadores, tal como o enfrentamento de problemas crônicos estruturantes comuns à sociedade.

    Assim, é preciso respeitar, valorizar e incorporar possibilidades de interculturalidade e transdisciplinaridade

    na estrutura escolar.

              Com o advento da BNCC, que orienta as decisões pedagógicas para o desenvolvimento de competências,

    denota-se  a  indicação  do  que  os  alunos  devem  "saber"  (considerando  a  constituição  de  conhecimentos,

    habilidades, atitudes e valores) e, sobretudo, do que devem "saber fazer" (considerando a mobilização desses

    conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno


    exercício da cidadania e do mundo do trabalho), a explicitação das competências oferece então, referências

    para o fortalecimento de ações que assegurem as aprendizagens essenciais (BRASIL, 2017).

              Neste sentido, a formação do professor pode ser compreendida como um processo pedagógico que é, nas

    palavras de Libâneo (2013, p. 26): "intencional, e organizado, de preparação teórico-científica e técnica do

    professor para dirigir competentemente o processo de ensino".

            O ensino, não sendo um fim, mas sim um processo/meio, assim como o educar, depende de ambos os

    agentes  –  educador  e  educando.  O  que  se  percebe,  na  cotidianidade  escolar,  é  a  individualidade

    produtiva/organizacional e metodológica do professor e, em contraponto o anseio do estudante por conteúdos

    e conhecimentos compartilhados de maneira mais significativa.
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