Page 73 - Teatros de Lisboa
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Recreios Whittoyne


                                              Recreios Whittoyne (1875)







































                     O Circo e Teatro "Recreios Whittoyne", propriedade de sociedade por accções "Empreza Exploradora
               de Recreios WHittoyne", fundada pelo palhaço Henry Whittoyne, foi inaugurado em 6 de Novembro de 1875,
               nos jardins do "Palácio Castelo Melhor" - concluído em 1858 - actual "Palácio Foz”.

                     A empreza  "Empreza  Exploradora de Recreios Whittoyne"  foi criada em 22  de Dezembro de 1874,
               tendo as suas primeiras acções sido colocadas à venda a partir desse dia, usufruindo os seus accionistas de
               uma entrada gratuita semanal, além do livre acesso aos ensaios. As restantes acções foram oferecidas para
               subscripção pública, no dia seguinte 23 de Dezembro. Ainda antes da inauguração do Circo-Teatro a primeira
               administração já se tinha demitido, razão pela qual, em 10 de Setembro de 1875, era convocada uma reunião
               para eleição da nova administração ...

                     Estas primeiras instalações eram compostas por um circo, teatro, café, restaurante, casa de jogos
               diversos, alamedas e jardins iluminados, etc.

                     «Desmanchado o circo do Price veiu este alugar parte do edificio, com jardins, e ali inslailou os celebres
               Recreios de Withoyne, que fizeram as delicias da rapaziada de ha vinte e tantos annos. Construíram lá dentro
               um grande theatro, onde houve enchentes e delirantes applausos  quando lá se fez ouvir Moriones e outras
               artistas hespanholas, com as suas desenvoltas zarzuellas. Alli se representaram dramas e vaudevilles, com a
               graciosa Pepa, quando Salvador Marques leve a empreza. Tudo lá vae. . . Hoje o que ali está é o sumptuoso
               palácio do marquez da Foz, e o grande hotel contíguo. No fim de contas a gente vê com certa magoa estas
               transformações que levam na corrente em cada escombro alguma coisa da nossa vida, das nossas crenças,
               da nossa mocidade ! . . .» in: “Lisboa Antiga e Lisboa Moderna” (1900)

                     Estas instalações seriam substituídas pelo Grande Colyseu, que vira a ser designado de “Colyseu dos
               Recreios” e cuja construção, no mesmo local, teve início em 6 de Junho de 1881 sob projecto do arquitecto



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