Page 70 - Teatros de Lisboa
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Teatro Taborda
carater de ouro, artista sublime, joia mais preciosa do palco português, a mais veneranda relíquia da arte
nacional».
Actor Francisco Taborda (1824-1909)
De referir no que respeita ao espectáculo de inauguração, o mesmo foi enriquecido com cenários de
Rambois e Cinatti, recuperados do velho, e extinto, “Theatro das Laranjeiras”, ou “Theatro Thalia”.
Quanto à inauguração Fernando Midões escreveria em 2006: «A festa, muito à maneira da época, e
devido à extensão do programa, durou até de madrugada. Iniciou-se com uma surpresa, a do “Hymno da
Sociedade”, oferta do Prof. Augusto de Carvalho ao que se seguiram: declamações de poesia “A Sociedade
aos seus Convidados” de José Inácio de Araújo, recitada por Jesuíno Chaves. o drama em três actos “O
Mundo e o Claustro” de Thomaz Lino da Assumpção e duas comédias “A Gramática” e “O Claustro"».
Em 1908, o imóvel do “Theatro Taborda” seria adquirido por por João Antunes da Silva Júnior, que o
manteria na sua posse até 1955, ao que se seguiria, em 1909, um pedido de autorização à Câmara Municipal
de Lisboa para se proceder a alterações ao edifício, onde ainda vieram a realizar espectáculos de três
sociedades recreativas: o “Círculo Católico”; o “Grupo Dramático Actor Joaquim Costa”; a “Academia Instrutiva
do Pessoal dos Caminhos de Ferro Leste e Norte”.
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