Page 71 - Teatros de Lisboa
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Teatro Taborda


                     Entretanto a actividade  do  “Teatro Taborda”  é  intermitente e passam a funcionar no edifício várias
               estações de rádio -“Rádio Continental”, “Rádio Restauração”, “Rádio Hertz”, etc.- tendo ainda, posteriormente,
               servido o imóvel como estúdio de gravações discográficas, armazém de mobílias e aparelhagens domésticas,
               etc. Entre 1954 e 1955, é inquilino Fernando Cardelho de Medeiros encontrando-se instalada no edifício a
               “Rádio Restauração”, posto transmissor de T.S.F. de que é proprietário. Em 1956 Mariana Rodrigues Antunes
               da Silva Cruzeiro, cabeça de casal da herança de João Antunes da Silva, torna-se proprietária do edifício do
               “Teatro Taborda”.

                     Em 20 de Maio de 1966 a Câmara Municipal  de  Lisboa compra o imóvel  com a intenção de o
               transformar em teatro municipal, ideia que foi logo depois abandonada, por se optar pelo “Teatro de São Luiz”.

















































                     O jornal “Diario de Lisbôa” num artigo de 18 de Outubro de 1968, acerca deste Teatro, noticiava:
                     «Esteve ameaçado de ser demolido, mas o  Município adquiriu-o e agora, em boa hora, tomou  a
               iniciativa de o reconstruir para poder continuar a servir a sua missão cultural e recreativa.
                     Foi na reunião  de  ontem  que foi adjudicada  ao sr. Luís  Magalhães Pinto,  por 210 contos, a obra de
               reconstrução.»

                     Em 1974, o edifício encontrava-se em muito mau estado de conservação, com parte das dependências
               ocupadas por uma família que a  CML  ali instalara,  tendo o  Ministério da Educação  manifestado, junto  do
               Município, o desejo de instalar serviços no mesmo. Mas, finalmente em 1980 é celebrado o contrato com vista
               à  recuperação  do  teatro,  sob  a  coordenação  do  “Gabinete  Técnico  da  Mouraria”  (e  concretamente  do
               engenheiro Jorge Evans de Sousa), com projecto de arquitectura da responsabilidade dos arquitectos Nuno


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