Page 69 - Teatros de Lisboa
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Teatro Taborda
Teatro Taborda (1870)
O “Theatro Taborda”, localizado na Costa do Castelo, em Lisboa, construído por iniciativa de João
Augusto Vieira da Silva e segundo projecto de Domingos Parente da Silva, foi inaugurado em 31 de Dezembro
de 1870, em terrenos que tinham pertencido à cerca do “Coleginho da Companhia de Jesus”, integrando uma
pequena ermida seiscentista com a invocação de São Francisco Xavier
«A Sociedade Taborda foi fundada em 16 de Janeiro de 1870 por Jesuino Francisco Chaves, Augusto
Freire, Gaspar Moreira, Francisco Homem, Augusto César Vieira da Silva, Eduardo Coral e outros. Entraram
mais tarde para a mesma Sociedade, tomando n'ella parte digna de menção : Eduardo António Costa, Júlio
Xavier, Portulez pai e outros. Em seguida á íundação da sociedade, prestou-se João Augusto Vieira da Silva a
mandar edificar o theatro. a que se deu o titulo da mesma sociedade, Theatro Taborda.
Depois das obras começadas, no local da Costa do Castello, prestou-se obsequiosamente a dirigir a
construcção e decoração do theatro o archilecto Domingos Parente da Silva. O Theatro Taborda foi
inaugurado a 31 de dezembro de 1870 com o seguinte espectáculo: Hymno da Sociedade offerecido pelo
professor Augusto José de Carvalho ; A Sociedade aos seus convidados, poesia de José Ignacio de Araújo,
recitada por Jesuino Chaves ; O Mundo e o Claustro, drama em 3 actos, original de Lino da Assumpção,
desempenhado por Jesuino Chaves, Portulez, Gaspar, Fernando Lima, Veríssimo Borges, Júlio Xavier,
Francisco Homem, G. Santos, Libanio Ferreira, António Silva, Maria do Carmo e Augusta ; a comedia A
Grammatica desempenhada por Portulez, Chaves, Gaspar, Veríssimo e Augusta ; e a comedia O Morgado,
desempenhada por Chaves, Hygino Paulino. Fernando de Lima, Portulez, Gaspar e Maria do Carmo.» in:
“Diccionario do Theatro Portuguez” de Sousa Bastos (1908).
O nome “Taborda” foi atribuído a este teatro em homenagem ao grande actor de teatro, da época,
Francisco Alves da Silva Taborda (1824-1909), a quem Sousa Bastos não lhe poupa elogios: «incomparável,
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